O Espaço escolar ante aos múltiplos discursos de alunos autistas

Uma abordagem semiótica e bakhtiniana acerca da política de comunicabilidade autista

  • Maria Luiza Corrêa UFFS
Palavras-chave: Neurodivergência. Semiótica. Discurso. História da Discursividade autista. Inclusão

Resumo

A presente pesquisa aborda a interseção entre história, linguagem e escrita na compreensão dos signos linguísticos no contexto do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Inicialmente, discute-se o histórico do entendimento do TEA, desde os estudos de Hans Asperger e Leo Kanner até a distinção entre autismo e esquizofrenia. Destaca-se a questão de gênero no diagnóstico do autismo e as diferenças entre as abordagens de Asperger e Kanner. Além disso, aborda-se o papel dos contextos sociais, especialmente durante o regime nazista, na compreensão e tratamento do autismo. Posteriormente, a análise se volta para a epistemologia da semiótica, explorando como essa teoria pode contribuir para compreender as dificuldades de interação social das pessoas com TEA, considerando a linguagem como central nesse processo. São discutidas as ideias de Bakhtin e Vygotsky sobre a relação entre linguagem, pensamento e interação social, enfatizando a importância da linguagem na construção do psiquismo e no desenvolvimento intelectual. Outro ponto abordado é o papel do brincar no desenvolvimento linguístico das pessoas com autismo, destacando a importância da brincadeira na construção de sentidos e na socialização das crianças. A discussão envolve a ideia de que a brincadeira é uma forma de expressão cultural e que contribui para a construção da identidade e das relações sociais. Por fim, a pesquisa examina a aquisição atípica da linguagem no autismo, focando na lectoescrita e na comunicabilidade autista. São discutidas as dificuldades de comunicação enfrentadas por indivíduos com TEA, bem como as abordagens pedagógicas utilizadas no ensino da escrita

Publicado
04-09-2024