ENTRE MARTINHO LUTERO E PAULO FREIRE
POR UMA PEDAGOGIA CRÍTICA E LIBERTADORA
Resumo
Tanto Martinho Lutero, quanto Paulo Freire estiveram preocupados em seu tempo com uma educação que fosse humanizadora e transformadora, que fizesse sentido na vida do ser humano e que atingisse a todas as camadas da sociedade. Essa preocupação com a educação pode ser identificada nos principais escritos do reformador, a exemplo da carta: “Aos Conselhos de todas as cidades da Alemanha, para que criem e mantenham escolas cristãs”, de 1524 e, “Uma prédica para que mandem os filhos para a escola”, de 1530. O que se percebe, é que, a partir da Reforma Protestante, mudanças significativas ocorreram no campo religioso e educacional, repercutindo no decorrer dos séculos. Assim, tornou-se possível falar mais especificamente sobre a existência de uma pedagogia luterana, que conforme Nunes (2018), se destaca por três características primordiais: A defesa da educação como valor humano pleno e integral; a rigorosa preocupação com a formação dos professores; a preocupação com a inovação e com o enriquecimento curricular. Nesse sentido, esta pesquisa tem como objetivo analisar as contribuições da Pedagogia Luterana presentes nos escritos de Martinho Lutero de 1524 e 1530 e da Pedagogia Freiriana nos escritos de Paulo Freire de 1960 até 1980, para a prática de uma educação crítica e libertadora. Pretende-se, com isso, construir uma hermenêutica, dialogando entre a pedagogia crítica e libertadora de Paulo Freire e a Pedagogia Luterana. A pesquisa é de caráter bibliográfica, qualitativa, e utiliza do método da análise de conteúdo de Laurence Bardin.