LUTA POR RECONHECIMENTO DA EDUCAÇÃO CRÍTICA EM ADORNO

Resumo

 O trabalho trata dos conceitos de educação crítica e reconhecimento da dignidade humana na obra Educação e Emancipação do filósofo Theodor Adorno. Esta obra é composta por uma coletânea de ensaios sobre a dialética da educação, escritos no período do retorno do autor do exílio, no contexto da reconstrução da Alemanha do pós-guerra e da divulgação pública da violação dos Direitos Humanos dos campos de concentrações. Na interpretação, diagnóstico do autor, a base deste fenômeno está o predomínio de uma racionalidade reduzida à sua dimensão instrumental para dominação da natureza, também do ser humano, como mero objeto. A educação é compreendida por Adorno como contradição social, que tende adaptar as novas gerações à sociedade que está aí e, ao mesmo tempo, tem o potencial para a formação da consciência crítica. A metodologia é do tipo teórica, de estudos bibliográficos, de natureza qualitativa e de fins exploratórios. O presente estudo tem como objetivo geral: Analisar os argumentos adornianos em Educação e Emancipação referentes à defesa do reconhecimento da educação crítica, da formação para a autonomia, como pressuposto dos direitos humanos e da efetivação da democracia. E como objetivos específicos: a) Estudar o conceito de reconhecimento e autonomia segundo Adorno; b) Analisar como o conceito de educação para resistência pode encontrar espaço na educação brasileira; c) Procurar compreender a contribuição do conceito de educação para autonomia e suas consequências para sociedade democrática. O presente estudo será apresentado da seguinte forma. Num primeiro momento: 1) a contextualização histórica e as influências na formação do autor estudado; em seguida 2) a reconstrução dos principais aspectos do “diagnóstico do tempo presente” apresentado por Adorno e Horkheimer, na década de 1940, com destaque ao problema da crise da razão moderna e seus impactos na formação humana; no terceiro momento terá uma reflexão, 3) análise do conceito de educação crítica como antídoto do totalitarismo expresso nos ensaios de Educação e emancipação.