VIOLÊNCIA EXTREMISTA NA ESCOLA

O “SCHOOL SHOOTING” COMO FENÔMENO NO BRASIL

Resumo

A presente pesquisa tem como tema os ataques de violência extremista em escolas brasileiras, inspirados pelos school shootings — em especial, o massacre ocorrido em Columbine, EUA, em 1999. No Brasil, algumas das principais manifestações do fenômeno foram os atentados ocorridos em escolas nas cidades de Realengo, Suzano e Aracruz. Buscamos compreender por que a escola é alvo de violência de seus próprios alunos, investigar os fatores que levam meninos e homens jovens a exercer esse tipo de violência e o papel da escola e dos professores na formação ou desconstrução do caráter violento dos perpetradores. Queremos compreender o significado da escola para esses perpetradores e ir além das causas comumente apontadas, como exclusão social e bullying, que consideramos superficiais, para apreender os problemas estruturais que possibilitam o comportamento de auto-afirmação violenta desses jovens. Acreditamos que seja importante para a pesquisa em Educação compreender o papel da escola sobre a vida de meninos submergidos em grupos e filosofias de ódio. O que estamos fazendo de certo, que tanto os revoltam?, e o que estamos fazendo de errado, que fomenta suas ideias adversas à humanidade em si. Adotamos o método qualitativo hermenêutico e utilizaremos filósofos que investigam a contemporaneidade e a educação, como Hannah Arendt, Gert Biesta, Giorgio Agamben, Byung-Chul Han e Zygmunt Bauman. A pesquisa tem caráter interdisciplinar — para compreender o fenômeno dentro da área da Educação, nos debruçamos também sobre pesquisas das áreas de Filosofia, Sociologia e Psicologia.