DESENHANDO SUBJETIVIDADES:

A NARRATIVA DE ESTUDANTES SOBRE O ACESSO A CIDADE E SEUS DISPOSITIVOS

  • Gabriela Costacurta UFFS
Palavras-chave: CIDADE, SUBJETIVAÇÃO, POLÍTICAS EDUCACIONAIS, DISCURSO

Resumo

É na cidade - e no encontro com esta - que as subjetividades são construídas. Neste contexto, subjetividade deve ser compreendida como uma processualidade, que se (des)constrói no encontro do sujeito com a rede de forças em que está inserido (Rettich, 2021). Portanto, a experiência do sujeito com a cidade e seus dispositivos - educacionais, culturais, sociais - serve como caminho para a construção de sua subjetividade e para sua identificação com diferentes contextos e grupos sociais. Neste sentido, a presente pesquisa tem como objetivo compreender como as narrativas de estudantes de ensino superior permitem auscultar os diferentes modos de incidência do acesso a dispositivos culturais sobre os modos de subjetivação. Além disso, buscaremos registrar narrativas dos estudantes acerca do acesso à cidade e aos seus dispositivos, dando ênfase aos discursos e à atividade estética que se transpassa estas narrativas, além de investigar a relação entre território e formação de subjetividades, a partir da perspectiva da atividade estética bakhtiniana e da categoria da territorialidade. Diante disso, buscaremos compreender de que formas o acesso (ou a falta dele) a políticas educacionais pode (re)orientar a trajetória formativa de um estudante. Para tal, utilizaremos da metodologia narrativa de pesquisa, um método qualitativo que busca registrar as narrativas dos sujeitos acerca da própria experiência em relação à temática de pesquisa, permitindo compreender como estas são perpassadas pelo contexto em que estão inseridas (Gill e Goodson, 2017; Barrett e Stauffer, 2009). Para análise dos dados, partiremos da metodologia do cotejamento, proposta por Bakhtin (Dias, 2014; Scherma, 2017).  

Publicado
22-08-2023
Seção
Políticas Educacionais