Comissão para a elaboração de estudo sobre modalidades de Moradia Estudantil em âmbito das Instituições Federais de Ensino Superior
Resumo
A Comissão para Elaboração de Estudo de Modalidades de Moradia Estudantil em âmbito das Instituições Federais de Ensino Superior foi criada na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) em 2019 está normatizada pela Portaria Nº 2821/GR/UFFS/2023, que regulamenta suas atividades . As atribuições da Comissão, conforme Art. 2º desta Portaria, são: I - Levantar informações sobre as diferentes modalidades de oferta de moradias estudantis nas IFES brasileiras; II - Promover debates sobre o assunto, envolvendo todos os membros da comunidade acadêmica da UFFS; III - Fazer estudo de viabilidade sobre o aluguel de moradias estudantis nos campi da UFFS; IV - Propor um estatuto de acesso, permanência e convivência para os estudantes que virão a residir nas modalidades de moradias estudantis da UFFS, se for o caso; V - Encaminhar relatório final para avaliação do Conselho Universitário da UFFS. A Portaria Nº 3119/GR/UFFS/2023 apresenta os membros que compõem essa Comissão, constituída por servidores e estudantes dos campi da UFFS e coordenada pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis - PROAE. A Comissão elaborou uma pesquisa, em formulário eletrônico, com o objetivo de conhecer a realidade estudantil em relação à moradia, independente de estar ou não recebendo auxílio financeiro. Até o momento da organização desse trabalho, a pesquisa, com 11 questões, havia recebido 373 respostas, das quais foram compilados os resultados parciais; para as perguntas abertas foi realizada uma análise geral das respostas. Dos respondentes, 26% possuem matrícula no campus Chapecó, 20,9% em Realeza, 19,8% em Laranjeiras do Sul, 19,6% em Erechim, 11,8% em Cerro Largo e 1,9% Passo Fundo. Questionados sobre a modalidade de moradia, por se tratar de pergunta aberta, foram diversas as respostas, sendo predominante que 57,9% responderam “apartamento” e 35,1% “casa”. Sobre a divisão da moradia com mais pessoas, 23% responderam não dividir e 77% dividem. Destes 77%, a grande maioria divide com ao menos mais duas pessoas, sendo que essa divisão chega até a 12 pessoas na mesma residência. Sobre o compartilhamento do quarto, 70% possuem quarto individual e 30% compartilham, sendo que neste quantitativo podemos incluir as famílias, por exemplo casais. Sobre o recebimento do auxílio-moradia da UFFS, 43,7% responderam que recebem e 56,3% não recebem. Em relação ao pagamento de despesas como aluguel, condomínio, água e luz, foi calculada uma média entre as respostas, resultando em R$ 781,07. Sobre receber ajuda financeira de familiares ou amigos para custear as despesas de moradia, 49,6% responderam receber e 50,4% que não recebem. Finalizando a pesquisa, foi questionado sobre alguma dificuldade para alugar imóvel, tendo 84% respondido afirmativamente. Dentre essas respostas, seguem alguns relatos: “Os imóveis do centro são caros e, se optar por um local que não seja no centro, há a necessidade de utilizar 2 ônibus para se deslocar até a universidade (acréscimo de gastos).” (respondente de Erechim, questão de transporte); “Sim, no início foi difícil, pois o aluguel era acima do meu orçamento, porém eu e mais 4 pessoas se ajudamos, mas não é o suficiente, o local também é um pouco longe da Avenida, onde passa o ônibus que vai para faculdade. Em relação aos documentos,também é um pouco complicado.” (respondente de Chapecó); “Preconceito com pessoas de fora da cidade e da federal, dificuldade de fiador, dificuldade de achar locais próximos ao ônibus” (respondente de Erechim; relatos semelhantes em respostas de outros campi); “Por imobiliária foi inviável, pedem documentos até da vó, não consegui em nenhuma, tive que recorrer a contrato direto com proprietário” (respondente de Erechim); “Em encontrar e valores” (respondente de Realeza). Nessa mesma questão, 16% responderam não terem enfrentado dificuldade para alugar imóvel, relatando indicação ou simplesmente não ter enfrentado, nestes casos ambos respondentes também indicaram receber ajuda financeira de familiares. Para continuidade da pesquisa, a Comissão almeja alcançar o mínimo de 1.000 respostas. É necessário ainda fazer cruzamentos de respostas e verificar outros indicadores. Outras ações propostas pela Comissão são a realização de pesquisas nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) e analisar os dados, avaliar as modalidades de moradia por campus e dialogar com a comunidade acadêmica. A comissão se reúne periodicamente e busca finalizar as ações com entrega de relatório final ao Conselho Universitário.