ANÁLISE DA IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA DE APOIO PEDAGÓGICO AOS ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO DA UFFS
Resumo
A implementação, nas últimas duas décadas, de políticas educacionais para a educação superior, como o REUNI, PNAES e Lei de cotas, contribuíram para democratizar e garantir o acesso de um novo perfil estudantil nas IFES. Porém, somente garantir o acesso não é suficiente para que estes estudantes concluam o curso escolhido; é necessário planejar e implementar políticas de permanência. O PNAES estabelece 10 áreas que visam garantir a permanência estudantil e podem ser implementadas pelas instituições de ensino superior pública. Esta pesquisa analisou a implementação de uma das dez áreas do PNAES, o apoio pedagógico, em uma instituição de ensino superior pública, de natureza multicampi, criada em
2009. O estudo teve como propósito geral analisar a implementação do apoio pedagógico como área do Programa Nacional de Assistência Estudantil na UFFS, os fatores facilitadores e seus obstáculos, na perspectiva dos profissionais técnico-administrativos em educação que desenvolvem este serviço. Trata-se de um estudo de caso, de caráter exploratório e de abordagem qualitativa. Buscou-se, através de instrumentos investigativos, como análise documental, questionário semiestruturado e entrevistas semiestruturadas, desenvolver uma avaliação de processo, referenciada em Draibe (2001). O público alvo foram os servidores TAE que desenvolvem o serviço de apoio pedagógico com estudantes de graduação na UFFS. A análise de dados foi baseada na técnica de análise de conteúdos de Bardin (2011) e se utilizou como indicadores a priori e para análise dos dados, eficiência e eficácia. Foram estabelecidas três categorias: perfil profissional; valorização profissional; e avaliação dos profissionais. Após análise dos dados foi possível inferir que o apoio pedagógico implementado para os estudantes da UFFS é parcialmente eficiente e eficaz, mas para que esta política alcance na instituição os objetivos propostos pelo programa é necessário priorizar e qualificar o serviço implementado. Formação continuada, espaço físico adequado para atendimento, sobrecarga de trabalho, ampliação do público beneficiário, trabalho coletivo e
reconhecimento da comunidade acadêmica são alguns pontos frágeis levantados pelos profissionais que desenvolvem este serviço na instituição e que precisam ser aprimorados no intuito de qualificar o trabalho disponibilizado.