LETRAMENTO DIGITAL EM TEMPOS DE PANDEMIA
Resumo
O início das atividades escolares do ano letivo de 2020 no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC) no Câmpus São Miguel do Oeste seguia seu curso normal até 15 de março, quando de forma inesperada, surge uma pandemia que avassala vidas e histórias em nível mundial. Diante desse novo e inesperado desafio, propomo-nos a discutir as perspectivas e possibilidades da inserção do letramento digital nesse contexto.
De repente, a distância entre a China, onde surgiu a doença Covid-19, e o Brasil, tornou-se muito próxima. Neste curto espaço a comunidade escolar do IFSC (servidores (as), estudantes e famílias) tiveram que se adequar a uma nova rotina com a utilização de máscaras, o isolamento social, trabalho remoto e aulas on-line, esses tornaram-se um novo normal. Uma nova realidade, que assim como para o IFSC, foi para mais de 165 países que precisaram fechar suas escolas deixando mais de 1,5 bilhão de alunos e 60,3 milhões de professores afastados de suas rotinas devido à pandemia do Coronavírus.
Diante de uma crise sem precedentes, de proporções globais, o maior impacto sentido por todos (as), diga-se de passagem, foi lidar com o distanciamento social, imprevisibilidade e instabilidade sobre o futuro nas atividades educacionais. Essa conjuntura nos trouxe várias indagações, algumas que ainda seguem sem respostas, mas que nos desafiamos a tencioná-las. O que essa pandemia nos ensina quando falamos da escola, dos processos de ensinar e aprender? Como os professores e estudantes estão se apropriando das tecnologias para viabilizar o processo de ensinar e aprender? Quais as transformações serão necessárias, no pós-pandemia, para que a educação não retorne ao modelo tradicional: quadro, giz, slides? Qual a importância do letramento digital, para professores (as) e alunos (as), como forma de aproximação dialógica de duas culturas digitais, que hora se encontram distantes no tempo e no espaço?