A PEDAGOGIA TERAPÊUTICA NAS POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS PARA AUTISTAS
Palabras clave:
Políticas públicas, Autismo, Inclusão escolar, P´raticas normalizadorasResumen
Este trabalho apresenta um recorte da Dissertação de mestrado que teve como tema políticas públicas para o autismo. A questão que direcionou a pesquisa buscou compreender como as práticas normalizadoras que constituem as políticas públicas educacionais brasileiras produzem e posicionam o autismo. A partir disso, o objetivo geral do estudo buscou analisar como as políticas públicas brasileiras atuam na normalização de sujeitos com autismo. Para desenvolvimento da pesquisa foi adotada metodologia de natureza básica, de caráter exploratório e descritivo. Os procedimentos adotados foram bibliográficos e documentais. O estudo teve como corpora analítico trinta e duas (32) políticas públicas brasileiras. A análise dos documentos selecionados teve como referencial teórico os conceitos ferramenta foucaultiano de prática e de normalização. No decurso da investigação dos documentos ficou evidente o apagamento de técnicas pedagógicas na escolarização de estudantes autistas, bem como a ausência do MEC na promoção de políticas públicas direcionadas a esse público. Entendemos que essa ausência ou silenciamento abre lacunas para que à área da Saúde invista na formação de professores e forje o que compreendemos como pedagogia terapêutica. Ao submeter estudantes autistas a representações patologizantes e a práticas de normalização corretivas, a Educação amplia processos de in/exclusão e mantém o estigma de anormalidade sobre esses sujeitos. As políticas analisadas fortalecem a compreensão de que a escolarização de pessoas com deficiência depende do conhecimento clínico sobre elas.
