PRECARIZADA
ADJETIVO ELEMENTAR DA JUVENTUDE BRASILEIRA
Resumo
A presente reflexão tem por objetivo discorrer sobre a precarização das relações de trabalho como elemento estruturante da condição juvenil contemporânea no Brasil a partir das transformações sociais desencadeadas pelo processo de acumulação flexível que são expostas por Groppo (2017). Por meio de uma revisão bibliográfica, foram articulados debates da sociologia da juventude com a sociologia do trabalho para basear a reflexão teórica. Além disso, a Medida Provisória 905/19, que cria o modelo de contratação verde e amarelo, foi articulada à análise sociológica para relacionar a argumentação teórica com a realidade social. Assim, Antunes (2015) evidencia que o mundo do trabalho é marcado por uma processualidade contraditória e multiforme que constitui uma classe trabalhadora cada vez mais heterogênea, fragmentada e complexa. Guimarães (2005) argumenta que o/a jovem brasileiro/a é perpassado/a por uma longa experiência com o trabalho e, por isso, convém qualificar a especificidade. Portanto, há uma juventude trabalhadora brasileira que, integrada ao que Antunes (2015) cunhou como a-classe-que-vive-do-trabalho, experimenta a massiva precarização que pode ser ratificada através da MP 905/19.