PREVALÊNCIA DE DIABETES MELLITUS EM IDOSOS ATENDIDOS EM EMERGÊNCIA HOSPITALAR

Resumo

O aumento na incidência e na prevalência do diabetes mellitus (DM) é atribuído ao envelhecimento populacional e aos avanços no tratamento, mas, especialmente, ao estilo de vida atual, caracterizado pelo sedentarismo e hábitos alimentares inadequados. Hoje, no Brasil, há mais de 13 milhões de pessoas vivendo com diabetes, o que representa 6,9% da população. Em alguns casos, o diagnóstico demora, favorecendo o aparecimento de complicações, destacando-se as doenças cardiovasculares, que são uma das principais causas de mortalidade precoce. Pelo fato do diabetes estar associado a maiores taxas de internações, bem como a outras doenças, a presente pesquisa tem o propósito de descrever a prevalência de diabetes mellitus em idosos que procuraram atendimento médico hospitalar. Foi realizado um estudo transversal de Maio até Agosto de 2018 no setor de urgência e emergência do Hospital São Vicente de Paulo, localizado em Passo Fundo/RS, com amostra não probabilística selecionada por conveniência, incluindo idosos de ambos os sexos, atendidos pelo Sistema Único de Saúde, sendo excluídos aqueles com Acidente Vascular Encefálico. Os dados foram coletados do prontuário e por aplicação de questionário, digitados e a estatística descritiva foi feita no PSPP (distribuição livre). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal da Fronteira Sul. A amostra foi constituída de 144 pacientes com predomínio do sexo masculino (53,5%), idade entre 60-69 anos (49,3%), cor de pele branca (85,6%), renda entre 1 e 2 salários mínimos (53,9%), residência em zona urbana (80,5%) e que moravam em casa ou apartamento com parentes (47,5%). Em relação aos hábitos de vida, 47,2% não eram tabagistas, 87,2% não consumiam bebida alcoólica e 65,2% não praticavam atividade física. A prevalência de diabetes mellitus foi de 27% (IC95 20-35). Observa-se a necessidade da atenção primária direcionada a saúde do idoso, mediante a prevenção efetiva no início do DM ou de suas complicações agudas ou crônicas, contribuindo para o envelhecimento ativo e saudável.