ANÁLISE DE PROPOSIÇÕES METODOLÓGICAS PARA O ENSINO DE QUÍMICA INCLUSIVO: UM OLHAR PARA A QNEsc
Resumo
O presente relato trata-se do resultado de uma pesquisa embasada no conteúdo das principais leis, documentos oficiais e proposições metodológicas de Ensino de Química (EQ), estas últimas conforme publicizadas na revista Química Nova na Escola (QNEsc), que versam sobre a Educação Inclusiva (EI). Um texto síntese com o conteúdo de cada lei, documento oficial e artigo analisado foi produzido visando oferecer uma via de acesso rápido às informações contidas nos textos legais ou de divulgação. Verificamos a produção científica que trata e discute questões relacionadas a proposições metodológicas para o EQI a partir do levantamento bibliográfico e análise dos artigos que versam sobre tal temática nas publicações da QNEsc, desde a sua primeira edição no ano de 1995 até o ano de 2017. Salienta-se que a QNEsc foi selecionada para esta pesquisa por ser um referencial no EQ, responder a uma parcela representativa da produção de trabalhos no EQ, bem como, ser disponibilizada gratuitamente no formato on line. O período de 1995 a 2017 foi selecionado para que o número de publicações seja viável para esta análise e possibilite uma visão das características das pesquisas desenvolvidas e do contexto da produção bibliográfica para a temática em questão. Nossa pesquisa revelou que, apesar de um número significante de proposições metodológicas trazer o ensino alternativo ao tradicional como opção relevante para o EQ, um número reduzido de trabalhos propõe adaptações destinadas a EQI. Ao longo das 68 edições da revista QNEsc, foram publicados um total de 679 artigos. Desses, verificou-se pela coleta de dados que 15 artigos versam sobre a inclusão e o EQ. Somente a partir do ano de 2008 tem-se a publicação do primeiro artigo que contempla os termos pesquisados, apesar da legislação brasileira propor a EI desde 1996. Tal resultado é reflexo do fato de que o enfoque à educação das pessoas com NEE é algo muito recente na formação de professores, pois somente com as DCNs para a Formação de Professores, em 2002, a educação inclusiva/educação especial é colocada como exigência aos currículos de licenciatura nas universidades brasileiras. Embora as publicações voltadas ao EQI sejam recentes, o número é crescente e o cenário da produção e divulgação de novos estudos é promissor. Esse cenário revela-se concordante com os apontamentos levantados e esperados no que diz respeito a perspectiva de crescimento no número das publicações relacionadas ao EQI na referente revista e a urgência de novas abordagens reflexivas e divulgação de metodologias, instrumentos e materiais didáticos que atendam as demandas no EQI. Os resultados desse esforço investigativo norteado pelo interesse na EI tendem a valorizar e incentivar reflexões a respeito do papel desempenhado pelos professores em proporcionar uma melhor formação aos alunos em condições de Necessidades Educacionais Especiais. Entende-se que as informações aqui apresentadas possuem potencial para servirem de aporte e incentivo à mobilização e reflexão constantes a respeito dos saberes docentes na Formação de Professores de Química, constituindo-se assim em subsídio ao trabalho, à formação e à atualização da comunidade brasileira de EQ.
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