EXTRATO AQUOSO DE ERVA MATE, EUCALIPTO E PINUS NO CONTROLE DE BOLOR VERDE EM PÓS-COLHEITA DE LARANJA
Resumo
: A cultura da laranja (Citrus spp.) é acometida por severos ataques de pragas e doenças, desde a implantação do pomar à pós-colheita. O bolor verde, causado por Penicillium digitatum é uma das principais doenças na pós-colheita da laranja. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar in vitro e in vivo o extrato aquoso das folhas de erva mate (Ilex paraguariensis), eucalipto (Corymbia citriodora) e pinus (Pinus elliotti) no desenvolvimento de P. digitatum e no controle do bolor verde na pós-colheita de laranja. A pesquisa foi realizada no Laboratório de Fitopatologia da Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Laranjeiras do Sul. Os frutos maduros da variedade “Laranja Pêra” foram adquiridos com agricultores do município de Laranjeiras do Sul-PR. Para o bioensaio in vivo os frutos foram desinfestados superficialmente com hipoclorito de sódio a 5% durante 2 min. Após secos, os frutos foram borrifados com 5 mL de cada tratamento constituído por extrato aquoso de erva-mate, eucalipto e pinus na concentração de 10%. A testemunha foi constituída de água destilada estéril. Após tratados, os frutos foram mantidos em bandejas de isopor em câmara úmida por 48 h, sob condições ambiente a 25 °C e umidade relativa 90 ± 5%. Em seguida, os frutos foram inoculados com suspensão de esporos 1 x 104 conídios/mL. Aos dez dias, após a inoculação do patógeno, avaliou-se a incidência do bolor verde. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com quatro tratamentos de cinco repetições, contendo dois frutos por repetição. No teste in vitro os extratos de erva-mate, eucalipto e pinus na concentração de 10% permaneceram por 1 h sob agitação em shaker a 40 °C. Após, foram filtrados e incorporados ao meio de cultura BDA (batata dextrose Agar), autoclavados e vertidos em placas de Petri. Em seguida, um disco de micélio do fungo foi colocado no centro de cada placa. Essas foram mantidas em câmara BOD a 25°C, em escuro. A avaliação do crescimento micelial foi realizada após quatro dias, pela medição do diâmetro médio das colônias. No bioensaio in vivo, não houve diferenças significativas entre os tratamentos, não sendo possível evidenciar efeito no controle da doença em frutos. No bioensaio in vitro, os extratos aquosos de erva-mate e eucalipto diferiram significativamente, inibindo o crescimento micelial em 73,7 e 31,9% em relação a testemunha, respectivamente. Os resultados indicam efeito antifúngico do extrato aquoso de erva-mate e eucalipto sobre P. digitatum.
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