REFORMA AGRÁRIA E IMPACTO SOCIAL NA VIDA DE CAMPONESES POBRES EM ASSENTAMENTOS DO MUNICÍPIO DE IRETAMA – PR
Resumo
Resumo: O presente projeto de pesquisa em curso tem o objetivo de analisar de que forma a reforma agrária vem sendo feita até os dias atuais no território brasileiro, bem como, de seu impacto nas populações por ela beneficiadas. A questão agrária, ainda não resolvida em nosso país, tem causado ao longo dos séculos, desde a conquista portuguesa até os dias de hoje, inúmeros conflitos e mortes de camponeses pobres sem-terra ou com pouca terra. Por outro lado a luta do campesinato brasileiro se recusando a ir para as cidades ou delas retornando devido às precárias condições de vida oferecidas aos pobres, tem demonstrado avanços na conquista de um pedaço de terra onde possam viver e trabalhar para o sustento da família. Nesse sentido, há que se ressalvar também os limites das políticas públicas para os assentamentos feitos pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) no decorrer de toda a sua história, o que tem causado o abandono da terra por muitos dos que ela conquistaram através dos programas de reforma agrária do Estado brasileiro. Apesar da pouca assistência estatal aos camponeses assentados, podemos notar que, pela sua ousadia, criatividade e persistência, estes camponeses têm uma condição de vida melhor do que se estivessem na cidade. Nesse sentido, ao olhar para a realidade do assentamento Águas de Jurema e outras três áreas de assentos rurais, estes situados no município de Iretama, mesorregião centro ocidental do Paraná, pode-se notar, a partir das pesquisas e entrevistas realizadas com os próprios moradores, que estas famílias foram impactadas positivamente por aquele projeto de assentamento. Diferentemente dos demais processos de luta pelo acesso à terra, essa região traz consigo um diferencial, a iniciativa dos assentamentos foram realizados pela Prefeita Municipal de Iretama que intermediou as negociações da compra das áreas com o INCRA. Possuindo uma área de 2.000 hectares, este território está dividido entre cerca 250 à 300 famílias desde o ano de 2000 e de acordo com os próprios moradores, o tempo de acampamento das áreas nunca ultrapassou o período de dois anos, sendo que neste mesmo período eles receberam assistência da prefeitura à alimentação, infraestrutura e saúde. Esta pesquisa, iniciada em 2017 com uma amostra de cerca de 50 famílias que residem nos assentamentos, na atualidade se encontramos em fase de tabulamento e análise de dados para posterior divulgação em produção de artigo científico. Conclui-se então, que se torna imprescindível a necessidade de aprofundar a visão sobre a luta pela terra em nosso país bem como dos instrumentos utilizados nesse processo. Partindo do campo empírico e avançando para o campo teórico, conseguimos comprovar se, de fato, tal maneira de conduzir o processo de assentamento das famílias proporcionou impactos na vida desta população e se os mesmos foram positivos. Assim como o real protagonismo que os movimentos sociais têm tido em tais processos de luta pela terra, principalmente o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).
Palavras-chave: Reforma Agrária. Processo de Assentamento. Águas de Jurema.
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