BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR: UM OLHAR SOBRE O CONCEITO OFICIAL E JORNALÍSTICO

Autores

  • Gisele da Silva Santos UFFS
  • Camila Caracelli Scherma UFFS

Resumo

GISELE DA SILVA SANTOS[1]

CAMILA CARACELLI SCHERMA[2]

Resumo: Este trabalho é parte da pesquisa de Mestrado em curso no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFFS, na linha de políticas educacionais. Tem como objetivo compreender os sentidos dos discursos oficiais e jornalísticos que são construídos sobre a BNCC e como esses discursos constituem, pela repetição de padrões enunciativos, uma forma de hegemonia que sustenta as ações em torno da construção e da implantação desse documento na esfera da educação brasileira. Para tanto, foram estudadas as definições da BNCC em discursos oficiais (na materialidade da própria BNCC e da página do Ministério da Educação na internet) e em discursos jornalísticos (especialmente em textos publicados pelo Jornal Folha de São Paulo, em sua página eletrônica). Em nível de investigação, a seguinte questão norteadora foi abordada: quais são os recursos linguísticos e discursivos utilizados pela BNCC, pelo MEC e pelo Jornal Folha de São Paulo para conceituar a BNCC? Os procedimentos metodológicos adotados foram: levantar, na versão final da BNCC, quais são os termos utilizados para definir a Base no discurso do próprio documento; identificar no site do MEC os recursos linguísticos e discursivos empregados para definir a Base; e compreender, a partir do discurso jornalístico na página do Jornal Folha de São Paulo, os ditos e os não-ditos acerca da BNCC. A partir desses levantamentos, esses discursos foram compreendidos por meio do cotejamento, que é um caminho metodológico proposto pelo pensamento bakhtiniano. As análises nos mostram que os discursos oficiais e o jornalístico são convergentes, uma vez que ambos defendem a BNCC como prevista em legislação e como um documento normativo para educação, que irá oportunizar os mesmos conteúdos e, assim, as mesmas aprendizagens para todos os alunos do Brasil, dando a entender que dará assim um caráter organizacional ao currículo escolar, ou seja, o discurso oficial e jornalístico repetem padrões enunciativos em duas esferas de atividade humana diferentes, propagando e fortalecendo a mesma visão acerca dessa ação na esfera da política educacional brasileira.

 

Palavras-chave:Políticas Educacionais. BNCC. Discurso. Igualdade Educacional.

 

[1]                                             Mestranda do Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó, contato: giselessanttoos@gmail.com

[2]                                             Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó, contato: camila-scherma@uffs.edu.br

Downloads

Publicado

30-10-2018

Edição

Seção

Campus Chapecó - Projetos de Pesquisa