REFLEXÕES SOBRE A SALA DE AULA
POR UMA PEDAGOGIA DO DIÁLOGO E DA PERGUNTA
Resumo
O seguinte trabalho foi desenvolvido a partir do Grupo de Estudos sobre Educação Popular de matriz freireana pelo Grupo PET Práxis /Licenciaturas Conexões de Saberes do campus Erechim. Apresenta como objetivo refletir sobre o diálogo e a pergunta como elementos fundamentais para a formação do pensamento crítico dos(as) educandos(as) em sala de aula, de forma a problematizar a “cultura do silêncio” e da resposta atrelada à educação bancária. Assumindo nosso processo de formação docente nos cursos de Licenciatura da UFFS, esse debate contribui de forma significativa para (re)pensar nossa postura enquanto construtores de conhecimento e sobre nossa futura prática em sala de aula. Nesse sentido, em termos de panorama metodológico nossas reflexões foram embasadas no Grupo de Estudos do PET, atividade periódica semanal promovida pelos(as) educandos(as) com o apoio do Tutor responsável. Apresentamos um recorte de nossas atividades na Educação Tutorial, compartilhando nossas pesquisas bibliográficas que tem por base as leituras de Paulo Freire e de outros(as) autores(as) do campo democrático e popular. Consideramos igualmente as nossas experiências de vida como educandos e os nossos lugares sociais que nos constituíram. Os resultados obtidos nessa síntese de nossas leituras e nossas experiências possibilitaram refletir acerca do silêncio nas salas de aula, seus possíveis significados e implicações na relação de ensino-aprendizagem. Sobressai nas leituras realizadas o diálogo como estratégia política e pedagógica, pois em sua ausência cenários autoritários são presenciados. Além disso, uma pedagogia da resposta dificulta o pensar crítico do educando e da educanda, fornecendo as características que configuram a educação bancária nos termos de Paulo Freire. Em contraponto a isso, estudamos uma pedagogia da pergunta, que permite aos(às) educandos(as) a curiosidade, o questionamento, o “dizer a sua palavra”, (re)pensando suas certezas e se reconhecendo como sujeito de sua formação. Assim, entendemos que é preciso uma postura dialógica por parte do professor e da professora, buscando elaborar uma pedagogia crítica ao propor questionamentos, pois se não for uma aula dialógica, cai-se no anti-diálogo que é silenciador e castrador da curiosidade. Por fim, o diálogo apresenta-se como categoria central do processo educativo emancipatório, nos instigando em nossa formação inicial e continuada como professores.
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Submeto o trabalho apresentado como texto original à Comissão Editorial do XIII SEPE e concordo que os direitos autorais, a ele referente, se torne propriedade do Anais do XIII SEPE da UFFS.