Sistema de criação de terneiras nas propriedades de bovinocultura leiteira da região noroeste do Rio Grande do Sul no ano de 2018.

Resumo

Resumo: A produção leiteira é uma atividade intensiva, exigindo boa capacitação profissional e acompanhamento rigoroso dos animais pelos produtores e técnicos. Na região Noroeste do Rio Grande do Sul, onde há predominância da agricultura familiar, essa atividade apresenta elevada importância, sendo uma das principais fontes de sustento de grande parte das famílias rurais. Desta forma um dos principais cuidados e preocupações envolve a criação de animais de reposição, com boa qualidade genética, balanço nutricional adequado e crescimento satisfatório, que proporcionem melhoria do rebanho da propriedade. Sendo assim, através deste trabalho buscou-se demonstrar as práticas de manejo utilizadas na criação das terneiras das propriedades. Foram realizadas entrevistas com questionário semiestruturado e condizentes com a atividade, em propriedades escolhidas de forma aleatória a fim de obter dados que expressem a atual situação da atividade na região. Verificou-se que 46% das propriedades criam as terneiras em galpões, 31% em piquetes e 23% em ternereiras. Em todas as propriedades é fornecido o colostro para as terneiras, sendo em 15% delas fornecido até 3 horas após o parto e 77% fornecem de 2 a 3 horas após o parto, possibilitando maior absorção de imunoglobulinas, porém somente em 8% delas existe banco de colostro. Quanto ao critério de desmame, foi verificado que em 77% delas utiliza-se o quesito idade, 31% peso e somente em 8% quantidade de concentrado consumido. Cerca de 62% das propriedades fornecem mais que 6 litros de leite diário para as terneiras e somente 15% menos que 3 litros. Observou-se que na maioria delas ocorre o fornecimento de feno. A partir dos resultados pode-se verificar que o sistema usado nas propriedades de bovinocultura de leite da região Noroeste do Estado apresenta grandes variabilidades em relação aos métodos empregados nos tratos das futuras matrizes.