O BRINCAR TERAPÊUTICO ALIADO À PALHAÇARIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Palavras-chave:
Criança Hospitalizada, Ludoterapia, EmpatiaResumo
A hospitalização ainda na infância pode causar alterações no processo de desenvolvimento mental da criança, pois a distância de seu cotidiano de vida. Técnicas invasivas contribuem para tal distanciamento, além de, muitas vezes, se configurarem em uma situação estressora à criança. Nessa perspectiva, o uso do lúdico aliado à palhaçaria e ao brincar terapêutico podem gerar benefícios para a criança hospitalizada, bem como para seus familiares, fazendo com que estes se sintam acolhidos e mais próximos ao ambiente hospitalar. Sendo assim, o objetivo deste resumo é relatar uma ação em saúde voltada para uma criança hospitalizada, refletindo sobre o brincar terapêutico aliado à palhaçaria. Trata-se de um relato de experiência de uma atividade realizada no Hospital da Criança Augusta Muller Bohner (HC), localizado na região Oeste de Santa Catarina. Nesta instituição são realizadas as atividades do programa extensionista “Enferma-Ria: a palhaçaria como ferramenta na promoção da saúde materno-infantil”, vinculado a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó (UFFS/SC), aprovado no Edital número 805/GR/UFFS/2016. O Programa Enferma-Ria faz uso da palhaçaria como uma ferramenta na promoção da saúde materno-infantil, sendo que as ações envolvem o ato de brincar em um momento que, na maioria das vezes, representa-se como estressor para a criança e sua família/acompanhante. Algumas crianças, quando em processo longo de hospitalização, levam para o hospital brinquedos de sua casa e, a palhaçaria como uma ferramenta da promoção da saúde pode se aliar a esse ato de brincar para produção de ações em saúde. Com base nisso, a ação relatada aconteceu na manhã do dia 17 de junho do ano de 2017, quando as palhaças Hortência e Suspiro realizaram uma intervenção com uma criança que apresentava sinais de estresse e negação pelo processo de internação hospitalar. Aos poucos, o brincar terapêutico aliado à palhaçaria e à conversa com a criança foram a deixando à vontade até que a mesma começou a compartilhar com as palhaças os seus brinquedos levados de casa. Este foi o sinal para que as palhaças pudessem seguir adiante com a intervenção, representando o estabelecimento de vínculo com a criança e permitindo concluir a ação em saúde. A partir disso, ocorreu uma conversa entre a criança e as palhaças sobre sua alimentação e higiene pessoal, baseada no entretenimento da criança em cada fala das palhaças. No decorrer da intervenção observou-se que o estresse apresentado pela criança inicialmente foi amenizando. Indubitavelmente, o brinquedo terapêutico aliado à palhaçaria potencializou a ação em saúde promovida pelas palhaças. Ainda, facilitou a ligação com a criança que recebeu a intervenção, permitindo uma melhor compreensão desta sobre o seu processo de internação e necessidade de seguir com o tratamento e, consequentemente, com o reestabelecimento de sua saúde. Esta experiência, por sua vez, tende a beneficiar ambos os lados, pois contribui para o processo de ensino-aprendizado dos educandos, colaborando para a formação de profissionais atentos à singularidade de cada criança.
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