“GRUPO CUIDANDO DE SUA SAÚDE”: A PRODUÇÃO DE CUIDADO COM O USO DE TECONOLOGIAS LEVES
Palavras-chave:
Cuidado. Saúde. Grupos. Tecnologias LevesResumo
Com a reorganização do modelo assistencial de saúde para Estratégia de de Saúde da Família, a Atenção Básica passa a incorporar características centradas no trabalho interdisciplinar, no desenvolvimento de ações de promoção e prevenção, educação em saúde, fortalecimento do vínculo com os usuários, acolhimento, etc. Para efetivação destas, os grupos surgem como importante dispositivo de cuidado, trazendo para o centro do trabalho em saúde a utilização de tecnologias leves e relacionais como produtoras de saúde. Na ESF São José Operário, da cidade de Marau, interior do Rio Grande do Sul, a efetivação desses elementos se dá através de diferentes formas, sendo uma delas, o grupo denominado “Cuidando de sua Saúde”. O grupo acontece quizenalmente, nas dependências da ESF e é aberto a toda a população adstrita. O convite para participação no grupo é realizado pelos profissionais da equipe e também pelas agentes comunitárias de saúde. Os temas variam conforme interesse da população e a equipe se propõe a facilitar os temas e as discussões. Como grupo de educação em saúde, os temas dizem respeito a práticas de autocuidado e promoção de saúde, circulando por temáticas como sexualidade, uso de plantas e chás medicinais, práticas populares de cuidado, saúde bucal, cotidiano de trabalho da ESF, etc. Para o desenvolvimento das atividades, são utilizadas metodologias participativas com uso de dinâmicas de grupo, vídeos, brincadeiras, teatro e rodas de conversa. Ao fazer uso desse tipo de tecnologia (leve), percebe-se que há um impacto tanto na vida dos usuários, quanto no cotidiano de trabalho dos profissionais. O contato com outras práticas de cuidado e a participação ativa nas discussões sobre sua saúde, faz com que os usuários sintam-se empoderados com relação ao seu próprio cuidado, compreendendo que a produção de saúde exige co-responsabilização e extrapola práticas individualizadas de atendimento. Para os profissionais, promove a saída do lugar de “detento do saber” e amplia a possibilidade de cuidado através do vínculo, trocas de saberes e da interação interdisciplinar.
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