Prática de escrita no Oeste Catarinense: Uma história de escrita epistolar a partir do acervo da família Bertaso

Autores

  • Isabel Schapuis Wendling Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó
  • Fernando Vojniak Universidade Federal da Fronteira Sul, Chapecó

Palavras-chave:

Oeste Catarinense, História, Escrita Epistolar, Família Bertaso, Práticas de Escrita

Resumo

Estudar a história das práticas de escrita na região Oeste Catarinense a partir da análise do acervo de correspondências da família Bertaso, família do principal empresário de colonização da região, o Coronel Ernesto Bertaso. Há poucos anos a família Bertaso, uma das famílias proprietárias da Colonizadora Bertaso, Maia e Cia. doou para o CEOM (Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina), grande parte de seu acervo. Esse acervo familiar foi tombado pelo município de Chapecó em 09 de agosto de 1993 através de lei municipal n. 3.202. No entanto, somente agora está sendo disponibilizado integralmente para os pesquisadores. Dentre esses documentos, há muitos relativos a própria colonizadora, mas há também um rico acervo pertencente a vida privada da família Bertaso. Especialmente nesse projeto, nos interessa um conjunto de correspondências familiares, principalmente trocadas entre os filhos Elza Bertaso e Serafim Bertaso com seus pais durante o período de formação escolar quando viveram longe da família. Através da pesquisa, busca-se entender as condições da emergência da escrita íntima, da cultura epistolar, as condições subjetivas dos missivistas, mas também das práticas e da materialidade da escrita e da leitura no Oeste Catarinense a partir da análise teórico-metodológica da pesquisa histórica. Com isso, pretende-se traçar um panorama das condições das práticas de escrita na região, especialmente, a escrita de correspondências desdobrando-se em dois problemas de pesquisa: a) a relação da escrita epistolar com os processos de escolarização das elites locais, buscando compreender a normatividade da cultura letrada, bem como, as possibilidades de desvio e transgressão diante da norma; e b) a escrita epistolar como escrita de si, uma prática que, através da narrativa, o sujeito constitui sua subjetividade através de um complexo jogo de ficcionalização e performatividade da existência.

Biografia do Autor

  • Isabel Schapuis Wendling, Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó
    Graduanda do 8º período em História/Lic.
  • Fernando Vojniak, Universidade Federal da Fronteira Sul, Chapecó
    Doutor, professor em História (UFFS), e orientador do projeto

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Publicado

14-02-2018

Edição

Seção

Campus Chapecó - Projetos de Pesquisa