ÓLEOS ESSENCIAIS NO CONTROLE ALTERNATIVO DE Penicillium spp. E NA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE Phaseolus vulgaris DURANTE O ARMAZENAMENTO
Palavras-chave:
Pesquisa CientíficaResumo
Os óleos essenciais podem representar uma importante alternativa para o tratamento de sementes e controle de doenças de plantas. Dentre os diversos fungos de armazenamento comumente encontrados em sementes de feijão (Phaseolus vulgaris), destaca-se os do gênero Penicillium. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito dos óleos essenciais de diferentes espécies vegetais no controle de Penicillium spp. e na qualidade fisiológica de sementes de P. vulgaris da variedade BRS Esplendor. O trabalho foi realizado na Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Laranjeiras do Sul, PR, nos laboratórios de fisiologia vegetal e de germinação. Para a realização dos tratamentos as sementes foram acondicionadas em sacos plásticos de polietileno e tratadas com 3 mL do óleo essencial de laranja, limão, erva cidreira, cravo, hortelã pimenta, gengibre, capim limão e canela, de maneira que o tegumento da semente estivesse recoberta por uma película homogênea de óleo. Para o tratamento com o fungicida Derosal Plus foram adicionados 3,3 mL do produto segundo a recomendação do fabricante e como testemunha utilizou-se 3 mL de água destilada estéril. Após o tratamento, as sementes foram acondicionadas em dois tipos de embalagem, sacos Kraft e garrafas pet, e armazenadas a temperatura ambiente. Aos zero, 2 e 4 meses após o armazenamento uma amostra de sementes de cada tratamento foi retirada das embalagens e procedidos os testes de germinação e Blotter Test. Para o teste de germinação foram utilizadas 4 repetições de 50 sementes, seguindo as recomendações das regras para análise de sementes. No quinto dia após a implantação do experimento realizou-se a avaliação da primeira contagem de plântulas normais. Aos nove dias, foi avaliado a porcentagem de plântulas normais, anormais, mortas e dormentes. Para o Blotter Test utilizou-se 200 sementes por tratamento, distribuídas em 8 repetições de 25 sementes, em caixa tipo gerbox, contendo uma folha de papel mata borrão esterilizada em autoclave e umedecida com água destilada. Em seguida as caixas foram colocadas em câmara de germinação tipo BOD, à temperatura de 25ºC por 24 horas, após foram transferidas para refrigerador a temperatura de 5ºC, onde permaneceram por 24 horas, e em seguida recolocada na BOD a temperatura de 25ºC por 5 dias. Após 7 dias, foi realizada a avaliação da incidência de fungos. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 10 x 2 x 3, com 4 repetições, sendo 10 tratamentos, 2 tipos de embalagens e 3 épocas de avaliação. Os tratamentos com canela, hortelã pimenta, fungicida e limão tahiti não afetaram a qualidade fisiológica das sementes quando comparado com a testemunha. O fungicida promoveu a redução de 80% na incidência de Penicillium spp. em relação a testemunha, enquanto que, os óleos essenciais de erva cidreira, capim limão, cravo e canela promoveram reduções de 49,2%; 48,4%; 64,7% e 51,6%, após 2 meses de armazenamento em garrafa pet, respectivamente. Os resultados demonstraram que alguns óleos essenciais apresentaram efeito antifúngico para o tratamento de sementes, embora sejam inferiores ao fungicida.
Referências
BRASIL. 2009. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Secretaria de Defesa Agropecuária. Brasília:
MAPA/ACS, 399p.
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