Uma experiência de acadêmicos de enfermagem na promoção da educação sexual com adolescentes
Palavras-chave:
Educação em saúde, Infecções sexualmente transmissíveis, Saúde pública.Resumo
A sexualidade é uma temática que enfrenta paradigmas na sociedade, sendo pouco debatida e exposta na população, principalmente para o público jovem. Desta forma, o desconhecimento e a falta de informação sobre os fatores envolvidos nas relações sexuais faz com que as infecções sexualmente transmissíveis (IST’s) sejam consideradas um problema de saúde pública no Brasil e em todo mundo, atingindo igualmente ambos os sexos e todas as faixas etárias. Durante as atividades teórico-práticas do componente curricular Cuidado no Processo de Viver Humano II, ofertado pela sétima fase do curso de enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) campus Chapecó, os acadêmicos realizaram uma oficina de educação em saúde com os educandos do quinto ano da Escola Estadual Básica São Francisco, no primeiro semestre de 2017. A apresentação organizou-se de forma expositiva dialogada, sobretudo no que refere-se à identificação de sinais e sintomas, prevenção de situações de risco ao HIV e algumas das infecções sexualmente transmissíveis como sífilis, gonorréia, candidíase, e HPV. A atividade findou-se com uma dinâmica que buscou instigar a reflexão acerca da transmissão do vírus HIV. Neste momento distribuímos diferentes formas geométricas entre os participantes da atividade e solicitamos para que eles se deslocassem pela sala e copiassem algumas formas geométricas de seus colegas. Posteriormente, explicamos que estas formas representavam diferentes IST’s e que grande parte deles havia se contaminado ao espalhar determinado desenho pela sala. Com a educação em saúde e a dinâmica de
contatos pessoais para a transmissão das IST’s, os adolescentes evidenciaram a necessidade do uso do preservativo durante as relações sexuais, reduzindo os comportamentos de risco que levam à contaminação por IST’s. Bem como, foi possível identificar os sinais e sintomas característicos de cada infecção e qual serviço buscar para diagnóstico e tratamento das mesmas. Sendo a adolescência permeada de conflitos e transformações na transição da infância para a fase adulta, ocorre um grande desenvolvimento intelectual e anatômico, e a evolução da sexualidade. A partir das dúvidas expostas pelos adolescentes durante as atividades, percebeu-se que os adolescentes podem vir a desenvolver problemas devido à falta de educação sexual, frequentemente resultantes da falta de diálogo com os pais e ausência de profissionais de saúde que trabalhem estas temáticas nas escolas. Diante disso, o déficit de informações pode levar ao uso inconsistente de métodos contraceptivos, aumentando os comportamentos de risco para as infecções sexualmente transmissíveis, HIV ou gravidezes inoportunas. Isso posto, intervir antes do início da vida sexual é essencial. Assim, as educações em saúde devem respeitar a autonomia dos indivíduos no cuidado à própria saúde, conscientizando acerca da diminuição de comportamentos que põem em risco a saúde, o que impacta na melhoria da qualidade de vida e adoção de práticas mais saudáveis.
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