UM OLHAR FOTOGRÁFICO SOBRE TRAÇOS DA EXPANSÃO DA REDE URBANA EM ERECHIM, RS

Resumo

Este trabalho é produto do Projeto de Cultura “Olhares que contam a cidade não vista de Erechim”. Este foi coordenado pela profª Paula Lindo e contou com a colaboração de dois acadêmicos voluntários do curso Geografia-Licenciatura e um do curso de Arquitetura e Urbanismo. O trabalho foi realizado na cidade de Erechim, Rio Grande do Sul durante um ano (2016-2017). Quando intitulamos a denominação ‘Cidade não vista’, buscamos instituir um espaço simbólico que é comumente visto por todos os seus habitantes em seu cotidiano, porém igualmente não notado efetivamente, ou seja, lugares e paisagens que passam despercebidos pela população, onde buscamos divulgá-los para a criação de uma concepção mais crítica. Concretizamos a união de uma perspectiva fotográfica junto a experiência/leitura geográfica, onde focamos a espacialização da produção do espaço urbano uma análise da expansão da rede urbana de Erechim pelo viés artístico e afetivo. São inúmeros os lugares que adentram dentro dessa perspectiva, um dos caminhos escolhidos fora retratar a diversidade vegetal da cidade, que floresce em suas ruas nas mais diversas cores e formas e o outro caminho foi quanto a percepção das imagens abarcadas em nossa visão para com o coletivo, nesse sentido, foram editadas fotografias com traçados que delimitassem as moradias coletivas, as grandes manchas urbanas dos bairros, a expansão e as novas construções. O projeto foi desenvolvido a partir de reuniões para orientação das atividades, discussão de textos e ideias, saídas de campo para execução de registros fotográficos e organização de materiais fotografados. Convém ressaltar que o projeto não fez parte de edital logo, por se tratar de uma demanda espontânea, algumas dificuldades, referentes a falta de financiamento interferiram no produto final exposto como por exemplo, a restrição quanto a mobilidade no espaço intraurbano, configurando fator limite para fotografar em locais mais distantes do centro e restrição na quantidade de fotos impressas. . Obtivemos mais de 200 fotografias, selecionamos 100 para expor, das quais 19 foram do discente Lucas Mesquita. As fotografias de cada integrante, do projeto, estavam acompanhadas de legendas, ficaram expostas durante o período de duas semanas no Saguão do Bloco A, do campus Erechim, da UFFS em 2016. Várias foram as manifestações e as reações no pós Projeto, escritas em um painel de papel pardo inserido junto a exposição, que servirão de base para continuação do projeto futuramente. Também cabe ressaltar o registro da imprensa local, Jornal Bom Dia, que publicou reportagem sobre a exposição e o Projeto. Na próxima versão do projeto, buscará organizar exposição itinerante para os diversos bairros da cidade.