IMPORTÂNCIA DA INTEGRAÇÃO DO ESTUDANTE DE MEDICINA COM A COMUNIDADE: UMA EXPERIÊNCIA PROPORCIONADA PELO PROGRAMA DE EXTENSÃO “FORMAÇÃO DE ATORES SOCIAIS A PARTIR DA EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE”

Resumo

A formação médica contemporânea requer o desenvolvimento de competências, habilidades e atitudes para o futuro médico ter condições de responder às necessidades de saúde da população, a partir das realidades de cada território, das singularidades de cada pessoa, tendo como base os princípios da integralidade, equidade e participação, o trabalho em equipe multi e interprofissional na garantia do direito à saúde através do fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse sentido, a compreensão da determinação social dos processos de saúde-adoecimento, da clínica centrada na pessoa e ações de atendimento individual, coletivo junto às famílias e as comunidades se apresenta como elementos fundamentais. Desta forma, as atividades curriculares no ensino, integradas à inserção dos estudantes de medicina em ações de extensão, cultura e pesquisa é imprescindível. A participação no Programa de Extensão “Formação de atores sociais a partir da Educação Popular em saúde”, vinculado ao edital 522/2016 da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), em especial, nas ações com foco na promoção da saúde de trabalhadores (as. Com os professores (as), foram realizadas intervenções numa escola estadual de Passo Fundo sobre a saúde física e mental, abordando os temas: Fases de Desenvolvimento, Patologias das fases de desenvolvimento, Suicídio, Violências, SUS, Síndrome de Bournot, direitos e deveres no caso de acidentes de trabalho e prevenção de acidentes. Em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Passo Fundo, Marau e Tapejara foram realizadas visitas às fábricas, reuniões e feiras de saúde a fim de promover a saúde dos metalúrgicos. O engajamento de estudantes de medicina nessas ações possibilitou a compreensão e reflexão sobre o processo saúde-doença nos processos de trabalho, o entendimento das dificuldades enfrentadas por estas categorias profissionais, seus medos e fragilidades, além de identificar as principaisdoenças que os acometem. As vivências possibilitaram a troca de conhecimentos,saberes, o desenvolvimento de ações de promoção de saúde, de educação emsaúde e de prevenção de doenças. Um dos aspectos mais marcantes dessasvivências foi a construção de vínculos, de humanização e a interação com aspessoas e seus contextos, contribuindo para o desenvolvimento de competências,habilidades e atitudes junto aos usuários do sistema de saúde.