UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL: INSERÇÃO INDÍGENA E O CURSO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO COMO FATOR ANALÍTICO NO CAMPUS ERECHIM (2014-2016)

Autores

  • paulo alberto duarte Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Erechim
  • Thiago Ingrassia Pereira Doutor em Educação da Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Erechim. Bolsista e tutor do Grupo PET Práxis /Licenciaturas Conexões de Saberes (FNDE).

Palavras-chave:

Educação. Estudantes. Pesquisa. PIN. Cor/etnia.

Resumo

Resumo: O presente trabalho foi desenvolvido pelo PET Práxis /Licenciaturas Conexões de Saberes do campus Erechim a partir de pesquisa sobre o perfil dos(as) calouros(as) realizada anuamente desde 2012. Tem como objetivo analisar os(as) estudantes ingressantes, nos seus respectivos cursos com base na sua cor/etnia de cada curso (2014 - 2016), o PET Práxis debruça-se sobre a base teórica da Educação Popular. A UFFS assume e se projeta como universidade popular, sendo importante analisar esse processo e entender a composição de cada curso e ver a relevância do Programa de Acesso e Permanência dos Povos Indígenas – PIN desde 2014 na nossa instituição. Nesse sentido, em termos de panorama metodológico, aplicamos um questionário durante o período das primeiras três semanas de aula do semestre letivo, tendo como universo de pesquisa os(as) alunos e alunas ingressantes nos cursos do campus Erechim; em seguida, foi realizado um recorte sobre as questões elaboradas pelo grupo, na qual, se buscou entender a composição étnica dos cursos. Com base no cruzamento das variáveis de curso e de etnia foram realizadas frequências e cruzamentos que subsidiaram a análise do objeto de pesquisa. Em termos de resultados, temos o seguinte: desde 2014, o curso de Licenciatura em Educação do Campo tem permitido uma maior presença dos povos indígenas, sendo que nos demais cursos do campus não verificamos presença significativa de indígenas presentes na pesquisa; já em 2015 com a entrada dos primeiros ingressantes do PIN temos praticamente um indígena em cada curso da universidade e temos 80% do curso de Licenciatura em Educação do Campo composto majoritariamente de indígenas; Em 2016 praticamente todos os cursos ingressaram com pelo menos 1 indígena, o curso de educação do campo está composto com mais de 90% de povos indígenas. Com isso vemos a importância do PIN na composição étnica dos cursos examinados, fortalecendo a diversidade na universidade, ponto-chave na efetivação do projeto popular da UFFS.

Referências

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Publicado

02-02-2018

Edição

Seção

Campus Erechim - Projetos de Pesquisa