CULTIVO DE ALFACE COM DIFERENTES TIPOS E CONCENTRAÇÕES DE CALDAS NUTRICIONAIS
Palavras-chave:
Lactuca sativa, Biofertilizante, Calda bordalesa, Húmus líquido, Microgeo®.Resumo
No Brasil, cerca de 60% da produção de hortaliças está concentrada em propriedades familiares com menos de 10 hectares, cujo espaço é intensivamente utilizado. No cultivo da alface, os principais destinos da produção são para o consumo humano no estabelecimento ou a venda de toda a produção diretamente ao consumidor ou para terceiros. No entanto, sabe-se do uso indiscriminado de agrotóxicos na agricultura, caso que merece atenção uma vez que se trata do fornecimento de produtos para o consumo humano. Assim, inerente a esta condição, uma prática benéfica aplicada nos sistemas de produção é a utilização de caldas nutricionais em substituição ao uso de produtos químicos. Nesse sentido, este trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar o efeito da utilização de diferentes tipos e concentrações de caldas nutricionais no cultivo da alface. O experimento foi conduzido em canteiros, em uma propriedade rural no município de Ronda Alta, RS, de agosto a outubro de 2016. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso, com sete tratamentos e cinco repetições. Os tratamentos utilizados foram: calda bordalesa a 0,1 e 0,5%; húmus líquido a 2,5% e 5%; Microgeo® a 0,5% e 1,0%; testemunha. Os tratamentos foram aplicados via foliar, com início após uma semana do transplante e as demais aplicações foram realizadas quinzenalmente. As variáveis analisadas foram: altura da parte aérea, comprimento do sistema radicular, perímetro da parte aérea, matéria seca da parte aérea e do sistema radicular e redução de peso. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e, quando significativos, as médias foram comparadas pelo teste de Tukey (p≤0,05). O perímetro e a matéria seca da parte aérea não apresentaram efeito significativo. Para a variável altura da parte aérea, o tratamento com calda bordalesa a 0,5% apresentou resultado superior ao tratamento com o uso de Microgeo® a 0,5 %. Para o comprimento da raiz o tratamento com húmus líquido a 5%, igualou-se ao tratamento húmus líquido a 2,5%, sendo aquele superior aos demais. Para a matéria seca do sistema radicular, o uso de húmus líquido e Microgeo®, em ambas as concentrações, apresentaram os melhores resultados. Para a redução de peso da alface, a calda com húmus líquido e calda bordalesa a 0,5% apresentaram os melhores resultados. Assim, diante dos resultados obtidos com a condução deste trabalho, indica-se o uso de caldas nutricionais para o cultivo de alface. Sobre os atributos agronômicos, o uso de húmus líquido a 2,5% e 5% mostrou-se mais eficiente promovendo maior comprimento de raízes e menor redução do peso da alface.
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