USO DE EXTRATO VEGETAL NO ENRAIZAMENTO DE ALECRIM: NÚMERO DE RAÍZES

Autores

  • Eliza Frigotto Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Câmpus Chapecó
  • Lucas Berlt Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Câmpus Chapecó
  • ítalo Kael Gilson Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Câmpus Chapecó
  • Eduardo Fabbris Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Câmpus Chapecó
  • Taiane Lopes de Toledo Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Câmpus Chapecó
  • Andressa Lufichoski Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Câmpus Chapecó
  • Tânia Regina Pelizza Universidade Federal de Pelotas (UFPel) – Pelotas (RS)
  • André Luiz Radunz Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Câmpus Chapecó

Palavras-chave:

Plantas bioativas. Rosmarinus officinalis. Cyperus rotundus.

Resumo

A tiririca (Cyperus rotundus) é uma espécie espontânea amplamente encontrada no sul do Brasil. Na literatura, tem sido relatada como um fitohormônio natural para o enraizamento de espécies vegetais. Assim, estudos que avaliem o potencial desta espécie são de fundamental importância para o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis para os agricultores. Neste contexto, destaca-se o Alecrim (Rosmarinus officinalis), planta bioativa, a qual possui diferentes usos populares conhecidos, tais como o condimentar, medicinal, ornamental e agrícola. Assumindo a importância sociocultural Brasileira do alecrim, pesquisas que visem o desenvolvimento de estratégias que favoreçam o enraizamento de estacas da espécie são importantes para a propagação. Assim, objetivou-se com a presente pesquisa avaliar o potencial de utilização do extrato de tiririca sobre o número de raízes de estacas de alecrim. Para tanto, foram coletadas plantas inteiras de tiririca na localidade de linha Faxinal dos Rosas, em Chapecó, no dia 16/12/16. Também no mesmo dia foram coletados ramos de alecrim, de um mesmo biótipo, na linha água Amarela, Chapecó. Após a coleta dos materiais vegetais, estes foram levados para o laboratório da Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC), com cinco tratamentos e três repetições, sendo cada repetição composta por seis unidades de observação. Os tratamentos foram compostos por quatro concentrações do extrato de tiririca, sendo estas 100, 75, 50 e 25% do extrato bruto, mais a testemunha com água destilada (0%). Para o preparo do extrato bruto (100%), foi utilizado um liquidificar para triturar e homogeneizar o material, sendo pesadas 50 gramas de tiririca (planta inteira) e medido 300 mL de água (quantidade na qual obteve-se a mistura homogênea), sendo a partir desta concentração adicionada água até obter as concentrações de 75, 50 e 25%. Cada concentração do extrato foi colocada em beckers de um litro, nos quais após foram imersos, até seu terço inferior, as estacas de alecrim, padronizadas em cinco centímetros, ficando imersas por 30 minutos. Após as estacas foram inseridas em substrato inerte previamente umedecido e acondicionado em bandejas de 128 celulas, sendo estas conduzidas para a casa de vegetação da área experimental da mesma Universidade, onde foram cultivadas por 54 dias até a realização da avaliação do número de raízes presentes nas estacas, através de contagem. Os dados foram submetidos à análise de variância através do teste F e as médias comparadas pelo teste de tukey (p≤0,05). Os resultados demonstram que houve diferença estatística entre os tratamentos, tendo a concentração de 100% apresentado resultados superiores as demais, com 18,83 raízes, sendo 5,9% superior a média dos tratamentos que receberam as concentrações 75 e 50%, os quais não diferiram ente sí. Ainda, as concentrações 25 e 0% não diferiram entre sí e foram os menores valores para numero de raízes, tendo apresentado, em média, 16,3 raízes. Conclui-se que a aplicação do extrato de tiririca apresenta efeito de incremento no número de raízes do alecrim.

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Publicado

09-02-2018

Edição

Seção

Campus Chapecó - Projetos de Pesquisa