CARACTERIZAÇÃO DE TRABALHO E RENDA DA COMUNIDADE TEREZA CRISTINA

Resumo

Resumo: Esse estudo é resultado da realização do Trabalho do Tempo Comunidade do curso Interdisciplinar em Educação do Campo Ciências Sociais e Humanas - Licenciatura (IEDOC/UFFS), cujo objetivo é propiciar a articulação dos conteúdos aprendidos nos componentes curriculares da 2 fase do curso com nossa realidade imediata. Portanto, o trabalho se propõe a compreender melhor o significado do trabalho para o ser humano, a atual organização do campo brasileiro, mostrar as formas de trabalho e renda na comunidade Teresa Cristina –Paraná através de dados coletados por meio de um levantamento de campo junto aos moradores da comunidade. O trabalho apresenta, em um primeiro momento, uma contextualização de o que é trabalho e como se organiza o campo brasileiro. Em uma segunda parte, apresenta alguns fatos históricos a respeito da formação da comunidade Teresa Cristina, a qual foi fundada em meados de Século XVIII por Jean Maurice Faivre, que tinha como princípio o socialismo utópico, caracterizando-se como a primeira experiência socialista e cooperativista do Brasil. Já na terceira parte são apresentados os dados coletados através de um levantamento de campo realizado junto aos moradores da comunidade, no qual foram avaliadas as condições de trabalho, fonte de renda, origem das famílias e como os moradores avaliam as atuais condições de trabalho. Com a realização do levantamento sobre a origem da comunidade e do levantamento de campo concluímos que as atuais formas de trabalho praticadas na comunidade não condizem com a formação histórica da própria, já que hoje em dia a agricultura da comunidade está sendo refém do agronegócio, pois mesmo que a grande maioria das famílias da comunidade seja formada de pequenos agricultores, as culturas e criações produzidas nela são ditadas pelo agronegócio, isso se revela pelas culturas mais produzidas, que são a soja, milho e criação de gado de corte. Esse fato ocorre devido ao controle de mercado exercido pelas transnacionais, e um outro fator que propicia esse cenário é a falta de políticas públicas para o desenvolvimento e crescimento da agricultura familiar. Portanto, o cenário da agricultura da comunidade encontrado hoje em dia é muito diferente do idealizado e praticado em sua fundação.