TRABALHANDO A CULTURA HIP-HOP NA ESCOLA EM DIÁLOGO COM A CRÍTICA SOCIAL: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA NA EEB CEL LARA RIBAS/ CHAPECÓ-SC
Palavras-chave:
Cultura hip-hop, juventude, ensinoResumo
Esta comunicação apresenta os resultados de um projeto de intervenção sobre a temática Juventude e Cultura, realizado pelo Programa Institucional e Bolsa de Iniciação a Docência (PIBID) do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal da Fronteira Sul/ Campus Chapecó-SC, com estudantes do Ensino Médio da Escola de Educação Básica Coronel Lara Ribas, no município de Chapecó-SC, no período de março a julho de 2017. As intervenções foram construídas com base no texto “A juventude no contexto da Sociologia” de Juarez T. Dayrell, concretizada através de aula expositiva sobre “História da cultura hip-hop nos Estados Unidos e no Brasil”. Após a intervenção foram realizadas oficinas de composição de letras de rap. Os trabalhos desenvolvidos nas oficinas tiveram como finalidade a realização de um Sarau na escola. A cultura hip-hop tem base em quatro elementos, o DJ (Disk Jokey), responsável pela composição do rítmo, o MC, aquele que canta a poesia, o Break (dança robótica dançada pelos b-boy), e o grafite (arte expressada na parede). Mas há quem considere que a cultura hip-hop tem um quinto elemento, a conscientização. É através do quinto elemento que planejamos a intervenção sobre juventude e cultura. A cultura hip-hop foi e é estigmatizada e marginalizada por ser uma cultura periférica e de resistência. Através da introdução conceitual sobre cultura, tratamos o rap (um dos pilares da cultura hip-hop) como uma cultura de uma classe cujo capital cultural, social e econômico são construídos e apropriados em um contexto de pobreza, crime, drogas, racismo, vulnerabilidade e vários tipos de violência. O hip-hop possibilita uma fuga a essas várias condições em que esses jovens podem estar vulneráveis. Nas oficinas foram compostas várias letras de rap, as quais foram apresentadas no Sarau Sociológico, construído pela equipe na escola. Para ampliar o quinto elemento da cultura hip-hop, a conscientização, agregaram-se à construção do Sarau alunos voluntários de outros cursos da UFFS e integrantes do Coletivo Lanceiras e Lanceiros Negrxs. Essas atividades desenvolvidas possibilitaram a execução de novas metodologias que proporcionaram maior participação dos alunos nas aulas e diálogo entre teoria e prática.
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