USO DE MÉTODOS NÃO FARMACOLÓGICOS PARA ALÍVIO DA DOR: UMA ASSISTÊNCIA HUMANIZADA PARA MULHERES EM TRABALHO DE PARTO

Autores

  • Alessandra de Paula Universidade Federal da Fronteira Sul- UFFS, campus Chapecó- SC
  • Maiara Vanusa Guedes Ribeiro Universidade Federal da Fronteira Sul- UFFS, campus Chapecó- SC
  • Érica Pitilin Universidade Federal da Fronteira Sul- UFFS, campus Chapecó- SC

Palavras-chave:

Saúde da mulher. Parto humanizado. Métodos alternativos. Assistência de enfermagem.

Resumo

A gestação compreende uma fase da vida da mulher que é caracterizada expressivamente por inúmeras modificações corporais, emocionais e psicológicas, visto que, o momento do parto representa uma experiência marcante, quer seja de forma positiva ou negativa e, desta forma, configura-se como um momento singular. Sendo assim, também é importante destacar que a dor do parto se diferencia de experiências dolorosas agudas e crônicas mais comuns, pois não está associada a patologias e, portanto, o uso de métodos não farmacológicos para alívio da dor pelos profissionais de enfermagem durante o processo de trabalho de parto (TP) facilita e humaniza a assistência à parturiente com foco no seu bem-estar e suas singularidades. Nesta perspectiva, objetivou-se relatar as experiências e as atividades vivenciadas durante a realização de atividades teórico-práticas do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Campus Chapecó no setor da maternidade e centro obstétrico do hospital público de referência para o oeste catarinense no período de maio/2017. Trata-se de um relato de experiência que descreve aspectos vivenciados durante a assistência ao parto e os métodos para alívio da dor, portanto, é um estudo com um olhar qualitativo e reflexivo que aborda a problemática desenhada a partir de métodos observacionais utilizando as seguintes técnicas de coleta de dados: diário de estágio, observação estruturada e participação nas atividades práticas assistenciais. Não foram utilizados dados pessoais. Conforme as diretrizes para a pesquisa definidas pela resolução CNS 466/2012 a pesquisa não necessitou da submissão para apreciação ética, por se tratar de relato de experiência dos próprios autores, com anuência do local onde ocorreu o estágio curricular e garantia de confidencialidade dos dados. A assistência às parturientes caracterizou-se por um acompanhamento humanizado e qualificado do processo de TP, bem como a ampla e eficaz aplicação dos métodos não farmacológicos de alívio da dor, a saber: controle da respiração (ritmo, profundidade), hidroterapia (por banho de aspersão), massagens (em regiões cervical, lombar, sacrococcígea), exercícios e alongamentos de relaxamento (voltados para os músculos perineais e pélvicos), variedade de posições, uso da bola suíça e barras de apoio, estimulo para deambulação e o apoio familiar e profissional  durante todo o processo de TP, entre outros. Tais métodos realizados tinham o objetivo de garantir a humanização do nascimento respeitando as etapas (fisiológicas e emocionais), o caráter subjetivo do processo, os períodos de dilatação, contração uterina e as necessidades peculiares de cada mulher. Nesta perspectiva, pode-se perceber que a simplicidade e eficácia de métodos não invasivos, de baixo custo e tecnologia leve proporcionam a parturiente um senso de controle e capacidade para lidar com a parturição, garantindo a sua autonomia além de permitir a presença de um familiar/acompanhante de sua escolha durante todo o processo. Ainda, notou-se que as técnicas em questão utilizadas promoveram o alívio da dor, manutenção do equilíbrio emocional, diminuição dos níveis de estresse e uma redução do tempo de trabalho de parto, contribuindo assim para um parto conduzido fisiologicamente de forma natural e respeitosa sem necessidade de intervenções invasivas e desnecessárias. Assim, é conveniente reiterar a importância do profissional enfermeiro obstetra na condução do processo de TP, considerando a singularidade dos cuidados demandados, bem como a essencialidade do aprimoramento das ações, problematização das condutas e do constante aprendizado acerca da saúde da mulher em defesa da humanização da assistência desde o pré-natal até o nascimento, de tal forma a garantir uma atenção integral e minimizar as intervenções e riscos em todo o período gravídico-puerperal.

Biografia do Autor

  • Alessandra de Paula, Universidade Federal da Fronteira Sul- UFFS, campus Chapecó- SC
    Discente do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Chapecó.
  • Maiara Vanusa Guedes Ribeiro, Universidade Federal da Fronteira Sul- UFFS, campus Chapecó- SC
    Discente do curso de graduação em enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Chapecó. Bolsista do programa PET-SAÚDE/GRADUASUS Edital nº390/UFFS/2016. Participante do Grupo de Estudo e Pesquisa GEPISC/UFFS/SC.
  • Érica Pitilin, Universidade Federal da Fronteira Sul- UFFS, campus Chapecó- SC
    Professora Assistente do Curso de Graduação em Enfermagem Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) - Campus Chapecó Enfermeira Obstetra. Mestre em Enfermagem (UEM). Doutoranda em Enfermagem (UNIFESP). Pesquisador integrante do Grupo de Estudo, Pesquisa Interdisciplinar Saúde e Cuidado (GEPISC) CNPq. lattes.cnpq.br/4259141990552062

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Publicado

29-05-2018

Edição

Seção

Campus Chapecó - Projetos de Ensino