A MATERNIDADE NA VIDA DE MÂES PRIMIPARAS ADOLESCENTES E ADULTAS
Palavras-chave:
Gravidez na adolescência. Maternidade. Relação Mãe-bebê.Resumo
Resumo: A maternidade envolve muitas sensações, sentimentos, experiências, atitudes e pensamentos, pois tornar-se mãe é algo complexo. A história de vida da mulher influencia diretamente na construção do seu ser mãe, podendo se tornar numa experiência fácil ou difícil, lembrando que cada gestação acontece de maneira diferente e com significados variados, gerando assim um ser único. O presente trabalho refere-se a um estudo do tipo exploratório, descritivo com abordagem qualitativa, tendo como objetivo compreender as interfaces das vivências relacionadas à primeira experiência de mães adolescentes e adultas. Contou-se com a participação de onze mães, sendo cinco adolescentes com idade entre 10 e 19 anos, e seis adultas de 20 aos 40 anos, primíparas, residentes no bairro Belvedere, no município de Chapecó – SC. Para a coleta de dados foi utilizado um roteiro com questões semiestruturadas e as participantes foram identificadas pelo nome de borboletas, fazendo uma analogia entre a metamorfose das borboletas com a chegada da maternidade na vida das participantes do estudo. Os dados foram analisados através da Análise de Conteúdo, surgindo três categorias: A vivência da primeira experiência da maternidade para mães adultas e adolescentes, As interfaces da relação mãe-bebê; e A importância do apoio na vivencia da maternidade. O significado da maternidade para as mães primíparas permeou acerca do amadurecimento, de novos aprendizados, nascendo juntamente com o sentimento de cuidado, carinho e apego pelo filho(a), sendo para algumas mães a realização de um sonho, o grande tesouro da vida. Como resultados da pesquisa percebeu-se que a gravidez e a maternidade geraram modificações no viver das mães primíparas, como: alterações físicas, preocupações com a imagem, o parto e o bebê, maior responsabilidade, tristeza, alegria, angústia, estresse, medo, distanciamento de amigos, uma brusca alteração no modelo de vida com o novo lar e o bebê e para a adolescente mãe, também o abandono escolar e dificuldades com o cuidado da criança. A relação mãe-bebê se inicia desde a gestação, mas é a partir do nascimento e desenvolvimento do recém-nascido que o vínculo e o amor entre ambos vão crescendo e se efetivando. A rede de apoio mostrou-se essencial, onde as mães primíparas buscaram amparo, consolo e ajuda nas dificuldades a serem enfrentadas, seja na própria família ou junto do pai da criança. No que tange às implicações da maternidade, algumas mães adolescentes referiram se sentir despreparadas para desempenhar a maternidade, por ser uma experiência nova, por terem pouca idade, no entanto, acreditam não haver diferenciação entre seus sentimentos com os de uma mãe adulta e primípara.
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