OCORRÊNCIA DE LOPHOPHYTUM LEANDRI EICHLER (BALANOPHORACEAE) NO MUNICÍPIO DE CERRO LARGO – RS

Autores

  • Jonas Both de Melo Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Cerro Largo - RS.
  • Thainara Marcotto Alba Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Cerro Largo - RS.

Palavras-chave:

Flora do Brasil. Holoparasita de raiz. Plantas medicinais.

Resumo

Balanophoraceae é uma família botânica muito curiosa, e que possuí morfologia floral muito especializada. As plantas representantes desta família, normalmente passam despercebidas, sendo perceptíveis durante apenas o seu período reprodutivo em que suas inflorescências estão no mesmo nível que o solo. No Brasil, há cerca de seis gêneros e 15 espécies descritas, encontradas mais comumente no interior de formações florestais. Pelo seu aspecto fungoide, são facilmente confundidas com os basidiocarpos de certos fungos. Caracterizam-se como plantas suculentas, afilas e aclorofiladas. As integrantes de Balanophoraceae tem uma caraterística muito peculiar: são holoparasitas, ou seja, se desenvolvem sobre as raízes de outras plantas, geralmente de porte arbóreo. Por tratar-se de uma família botânica pouco estudada, e pelas pressões antrópicas, muitas das espécies de Balanophoraceae correm sérios riscos de serem extintas. O presente trabalho objetiva registrar a ocorrência de uma espécie de Balanophoraceae no município de Cerro Largo – RS. A espécie foi encontrada em área próxima ao Parque Municipal de Exposições, sendo esta fotografada e coletada para análise e identificação em laboratório, usando literatura especializada da área e, assim, sua inclusão no Herbário Missões, da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Cerro Largo. O exemplar fotografado e coletado foi identificado como Lophophytum leandri, que se trata de uma espécie nativa do Estado do Rio Grande do Sul, mas sem registro de ocorrência na Região das Missões. L. leandri é popularmente conhecida como flor-de-pedra e utilizada em algumas localidades da Região Macromissioneira como medicinal para o tratamento do câncer de próstata, mas que carece de estudos precisos de sua morfoanatomia, constituição química, bem como ensaios farmacológicos, que comprovam sua eficácia.

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Publicado

30-11-2017

Edição

Seção

Campus Cerro Largo - Projetos de Pesquisa