AS NARRATIVAS DE PROCÓPIO DE CESAREIA SOBRE A BASÍLICA DE SANTA SOFIA PARA A EDIFICAÇÃO DO PODER IMPERIAL

Autores

  • Ana Maria de Oliveira Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Chapecó.
  • Délcio Marquetti Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Chapecó.
  • Renato Viana Boy Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Chapecó.

Palavras-chave:

Pesquisa Científica, Ensino de Graduação

Resumo

Pretende-se apresentar os resultados do Trabalho de Conclusão de Curso intitulado “Construindo uma imagem imperial em Bizâncio: Narrativa sobre a basílica de Santa Sofia em Das Construções, de Procópio de Cesareia – Século VI” e da pesquisa de Iniciação Científica intitulada “A escrita da (re)construção de Santa Sofia em Procópio de Cesareia, no século VI”, em que se procurou lançar um olhar sobre os relatos da reconstrução da basílica de Santa Sofia, contidos no Livro I da obra Das Construções, que foram escritos por Procópio de Cesareia, no século VI, a pedido do Imperador Justiniano. Nos dispomos a compreender como as narrativas são usadas a favor do poder imperial, à medida que a descrição criou uma imagem historiográfica de Justiniano, a qual, por conseguinte, consolidou e fortaleceu seu governo. Para tanto, no primeiro capítulo buscamos compreender o autor e seu trabalho, apresentando alguns caminhos que levam a reflexões sobre Procópio de Cesareia e seu livro, Das Construções. No segundo capítulo, pensamos como ocorreu a construção da união entre Império e Igreja, que chegou ao século VI consolidada, e então serviu como base para a representação política criada para Justiniano. Desta forma, observamos como Procópio apropriou-se ainda dessa representação para compor suas narrativas. Também neste capítulo, procuramos observar a função que Santa Sofia já exercia anteriormente nesta relação, de demonstrar a junção destes dois poderes. Isso possibilita observar a relevância histórica de uma reconstrução no século VI e, de deixar um legado escrito sobre estes acontecimentos. Assim, no terceiro capítulo, analisamos o papel histórico dos relatos sobre a basílica, ao construir uma imagem historiográfica do poder imperial, diante da forma como foi elaborado por Procópio. Foi possível, então, perceber que Justiniano e Procópio se utilizaram de heranças tradicionais a Bizâncio, sendo elas a relação com a cristandade e o espaço de religiosidade e memória presente na basílica, para consolidar o poder do governante diante não só da reconstrução de Santa Sofia, mas também através da criação de uma imagem historiográfica em uma narrativa, a qual se apropriou de todos esses aspectos.

Biografia do Autor

  • Ana Maria de Oliveira, Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Chapecó.
    Acadêmica da décima fase do curso de Licenciatura em História na Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Chapecó, Santa Catarina.
  • Délcio Marquetti, Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Chapecó.
    Professor do curso de Licenciatura em História da Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Chapecó, Santa Catarina.
  • Renato Viana Boy, Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Chapecó.
    Professor do curso de Licenciatura em História da Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Chapecó, Santa Catarina.

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Publicado

09-02-2018

Edição

Seção

Campus Chapecó - Projetos de Pesquisa