AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE CAMINHONEIROS QUE TRAFEGAM PELA PR 182 – KM 76.
Palavras-chave:
Motoristas. Alimentação. Obesidade.Resumo
Uma alimentação desregrada faz parte dos hábitos de vida de boa parte dos motoristas de caminhão, uma vez que, alimentos altamente processados, de baixo valor nutritivo e com um grande teor calórico, são comuns em restaurantes de beira de estrada, onde a maioria dos caminhoneiros fazem as refeições. Aliado a isto, a alimentação desequilibrada, rica em gorduras e açúcares encontra-se entre os principais motivos para a obesidade, a qual representa hoje um dos mais importantes problemas de saúde pública, estando entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento de múltiplas doenças crônicas não transmissíveis, como, doenças cardiovasculares (DCV), câncer e diabetes mellitus do tipo 2, sendo que, essas doenças possuem complicações que contribuem para o surgimento de graus variáveis de incapacidade ou óbito. Desta forma, faz-se necessário mais estudos sobre a vulnerabilidade dos caminhoneiros, que de modo claro não possuem uma vida saudável, a fim de tentar proporcionar uma conduta mais salubre para esta profissão. Assim, o objetivo do presente estudo foi realizar uma avaliação do estado nutricional de motoristas de caminhão que trafegam pela PR 182 – Km 76. Esta pesquisa apresenta caráter quantitativo e foi realizada durante os meses de março a junho de 2017. Foram entrevistados 50 homens adultos, motoristas caminhoneiros, que passaram por um posto de combustível situado no sudoeste do estado do Paraná. Após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi aferido peso e estatura para avaliação antropométrica através do Índice de Massa Corporal. Os dados foram tabulados através do Software Microsoft Excel®. O presente trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal da Fronteira Sul mediante Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE) sob número 62432816.1.0000.5564. Dos participantes da pesquisa apenas 10% estavam eutróficos; já os demais apresentaram-se acima do peso, sendo que desses 46% com sobrepeso, 30% com obesidade grau I, 6% com obesidade grau II e 6% com obesidade grau III, e ainda 2% com magreza grau I. A partir dos resultados, verificou-se um alto grau de sobrepeso e obesidade nesta classe trabalhadora, tornando-os assim suscetíveis a doenças crônicas não transmissíveis; fato que evidencia a necessidade de orientações para melhoria da saúde de tais indivíduos.
Referências
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