RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA: UMA EXPERIÊNCIA NO CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
Palavras-chave:
Estágio Supervisionado, Residência Pedagógica, Ensinar e Aprender, Práticas Pedagógicas, Licenciatura em GeografiaResumo
O Estágio Curricular Supervisionado, Práticas de Ensino em Geografia III, compreende um dos componentes curriculares do curso de Licenciatura em Geografia, que envolve convivência com a escola de Educação Básica. No curso de Geografia, está organizado em quatro momentos: dois de observação - um no Ensino Fundamental (Estágio I) e outro no Ensino Médio (Estágio III); e dois de docência - um no Ensino Fundamental (Estágio II) e outro no Ensino Médio (Estágio IV). No primeiro semestre de 2017, experimentou-se na etapa do Estágio III a Residência Pedagógica, movimento que compreende a ressignificação da integração entre universidade e escola, envolvendo a noção de “habitat para a aprendizagem da docência”, aqui o professor da universidade dialoga e segue mais próximo um grupo de alunos em uma escola, potencializando aprendizagens formativas da escola e da universidade e, entre ambas. Este texto objetiva socializar e debater com a comunidade acadêmica a adoção da vivência, avaliada como construtiva pelos atores envolvidos (professores, alunos e escolas). As interações singularizadas pela Residência Pedagógica, ocorreram com a realização de aulas e reuniões realizadas na própria escola de estágio com a participação das professoras titulares das turmas onde foram realizadas as atividades, participação dos estagiários como orientadores de projetos apresentados em feira pedagógica na escola, cursos ministrados pelos estagiários aos alunos , tais como redação do ENEM e da inserção da geografia no exame, somada às atividades previstas para os estágios (Acompanhamento de Geografia e de outra disciplina do EM; estudo do Projeto Político Pedagógico (PPP); diálogo com professores, estudantes, funcionários e gestores; participação em reunião pedagógica; participação em recreios com professores e alunos e elaboração de relatório), resultando em numa formação diferenciada. As vivências compreenderam movimentos decisivos à aprendizagem do professor de Geografia. Não se trata de passar mais tempo na unidade escolar, mas de participar de forma mais comprometida nas atividades de formação do professor. Além de vivenciar o movimento da escola, essa prática traz um importante aprendizado, pois deixa de ser uma ação monótona e monológica, para se configurar como dinâmica e dialógica. Dentre as atividades desenvolvidas, destacamos as oficinas ministradas diretamente aos alunos da escola, reforçando a aprendizagem do processo de mediação pedagógica e do trato com os conhecimentos geográficos. Ainda, auxiliaram na preparação dos alunos para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), tendo em vista que é a porta de entrada para universidades, inclusive na nossa UFFS. No final do semestre, com o intuito de socializar e debater o projeto em desenvolvimento, as turmas em estágio de Geografia na UFFS, as professoras da escola e os docentes da UFFS, realizaram um Seminário em conjunto, sobre a Residência Pedagógica. É importante ponderar aspectos que desafiam a implementação dessa perspectiva de estágio como, por exemplo, os estudantes que residem em outros municípios, que enfrentariam dificuldades de deslocamento até uma escola acolhedora. Avaliamos de forma positiva as aprendizagens de professor de Geografia na Educação Básica, com a Residência Pedagógica, e consideramos como possibilidades, também, para os demais cursos de Licenciatura da UFFS.
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Submeto o trabalho apresentado como texto original à Comissão Editorial do XIII SEPE e concordo que os direitos autorais, a ele referente, se torne propriedade do Anais do XIII SEPE da UFFS.