INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO EM CRIANÇAS: PARTICULARIDADES E PERSPECTIVAS

Autores

  • Bruna de Oliveira Universidade Federal da Fronteira Sul campus Passo Fundo
  • Lucas Henrique Lenhardt Universidade Federal da Fronteira Sul campus Passo Fundo
  • Mônica Palos Barile Universidade Federal da Fronteira Sul campus Passo Fundo
  • Maríndia Biffi Universidade Federal da Fronteira Sul campus Passo Fundo

Palavras-chave:

Infecção, Urinária, Criança, ITU

Resumo

A infecção recorrente do trato urinário é frequente em idade pediátrica e associa-se a grande morbimortalidade. A infecção do trato urinário (ITU) é definida como bacteriúria significativa e sintomática e apresenta como principais sintomas desde sinais inespecíficos até quadros severos de pielonefrite.  Podem ocorrer em trato urinário íntegro, mas geralmente estão associadas a malformações congênitas. Os métodos diagnósticos ainda não são sólidos e a prevenção de recorrência é pouco eficaz, pois o tratamento com antibioticoterapia continua sendo a escolha padrão ouro no Brasil. O objetivo desse trabalho foi avaliar o agente mais prevalentes de infecção do trato urinário em crianças, assim como as causas que propiciam seu desenvolvimento e os métodos terapêuticos mais utilizados.  Como metodologia foi utilizada a revisão da literatura nas bases de dados: Scielo, Bireme, PuBmed correspondentes aos anos de 2010 a 2017, com os descritores: infecção trato urinário em pediatria, tratamento de ITU em crianças, ITU e pediatria. Observou-se que a Escheria Coli é responsável por 90% dos casos, mas outros agentes também podem estar presentes. As alterações congênitas mais comuns são a uropatia obstrutiva congênita e o refluxo vesicoureteral. Observa-se nos primeiros anos de vida sinais inespecíficos, como: labilidade térmica, vômitos, perda de peso, desidratação, irritabilidade e letargia; cistites afebris com sintomas locais como: disúria e polaciúria são observadas em crianças maiores e a pielonefrite em casos graves, acompanhada de dor lombar e abdominal e febre alta. O método diagnóstico é embasado pelos exames laboratoriais de urina e ultrassonografia do trato urinário. O padrão terapêutico se baseia com antibioticoterapia e estudos apontam que a profilaxia não se associa na diminuição da recorrência da infecção do trato urinário e gera um aumento dos riscos de infecções resistentes. Alguns casos cursam com cicatriz renal mesmo que tenham uma indicação precisa de antibiótico para o tratamento. O uso de probióticos é considerada uma profilaxia alternativa utilizada na Europa, a qual é isenta de eventos adversos e foi observada uma ligeira diminuição na recorrência dos casos em crianças de até 1 ano, mas no Brasil seu uso ainda não foi avaliado.

Biografia do Autor

  • Bruna de Oliveira, Universidade Federal da Fronteira Sul campus Passo Fundo
    Discente da sétima fase do curso de Medicina UFFS campus Passo Fundo.
  • Lucas Henrique Lenhardt, Universidade Federal da Fronteira Sul campus Passo Fundo
    Discente da sétima fase do curso de Medicina da UFFS campus Passo Fundo
  • Mônica Palos Barile, Universidade Federal da Fronteira Sul campus Passo Fundo
    Discente do curso de Medicina da UFFS campus Passo Fundo
  • Maríndia Biffi, Universidade Federal da Fronteira Sul campus Passo Fundo
    Discente na disciplina de Saúde Coletiva da UFFS campus Passo Fundo

Referências

CALHAU P. Escherichia coli e infecção urinária recorrente em Pediatria. Fac Med Lisboa 2016; 1-20.

COUTO VBM et al. “Além da Mama”: o Cenário do Outubro Rosa no Aprendizado da Formação Médica. Revista Brasileira de Educação Médica 41(1): 30-37; 2017.

SIMOES E SILVA, Ana Cristina; OLIVEIRA, Eduardo Araújo. Atualização da abordagem de infecção do trato urinário na infância. J. Pediatr. (Rio J.), Porto Alegre , v. 91, n. 6, supl. 1, p. S2-S10, Dec. 2015.

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Publicado

30-11-2017

Edição

Seção

Campus Passo Fundo - Projetos de Ensino