CONFORTO TÉRMICO NO PÁTIO CENTRAL DA ESCOLA ÉRICO VERÍSSIMO

Autores

  • Aline Pilatti Universidade Federal da Fronteira Sul - Erechim
  • Amanda Amábile Bagnara Universidade Federal da Fronteira Sul - Erechim
  • Ana Flávia Jandt Universidade Federal da Fronteira Sul - Erechim
  • Ananda Prilla Universidade Federal da Fronteira Sul - Erechim
  • Laura Mocelin Universidade Federal da Fronteira Sul - Erechim

Palavras-chave:

Conforto térmico. Escola. Mecanismos

Resumo

Esse estudo pretende gerar conhecimentos dos elementos que interferem no conforto térmico do pátio da Escola Estadual de Ensino Médio Érico Veríssimo, elencando propostas que possibilitem melhorias. De acordo com Lamberts et al (2014) o homem é um ser homeotérmico, o qual tende a manter a temperatura interna do organismo constante independente das condições climáticas. Através do metabolismo geramos calor interno e energia para sobreviver, porém existem trocas térmicas entre o corpo humano e o meio feitas através de condução, convecção, radiação, evaporação e respiração. Segundo Schimid (2005) o conforto térmico caracteriza-se como um estado em que o indivíduo não tem necessidade de mudar sua interação térmica com o meio, não sofrendo nenhuma tensão que o motive a procurar mudança. Lamberts et al (apud ASHRAE 2005) corroboram dizendo que conforto térmico reflete a satisfação da pessoa com o ambiente. Se o balanço de todas as trocas de calor for nulo e a temperatura da pele e suor estiver dentro dos limites, pode-se dizer que o homem está em Conforto Térmico. As sensações térmicas são transmitidas pela pele à região somato-sensitiva do córtex cerebral que instrui o corpo as necessidades de adaptação através de mecanismos termoreguladores como a produção de suor, os tremores e os arrepios de frio, todas essas reações não são controladas por nós, mas mantém as condições vitais ao nosso corpo. O conforto térmico é essencial para sensação de bem estar e desenvolvimento das atividades em qualquer ambiente, situações que causam desconforto como falta de ventilação, temperatura inadequada, umidade excessiva ou radiação térmica são prejudiciais, podendo causar sonolência alteração dos batimentos cardíacos, aumento da transpiração, apatia e desinteresse pelos estudos. Atualmente, os prédios escolares encontrados seguem modulação determinada pela Fundação para o Desenvolvimento Escolar – FDE feitos em alvenaria e blocos de concreto, seguindo um programa arquitetônico básico, o problema é que a padronização não leva em conta situações e locais específicos resultando em ambientes desfavoráveis como é o caso do espaço em estudo. Como metodologia para o desenvolvimento do projeto, foram feitas medições no dia 24 de maio de 2017 que possibilitaram a percepção da diferença de condução de calor entre os materiais empregados refletindo na transmitância de calor. Considerando as paredes internas do pátio, compostas por alvenaria rebocada obtemos valores entre 18,8° a 19,3°. A cobertura mostrou temperaturas significativamente destoantes; a telha de barro manteve-se entre 21,2° a 26,3°, o metal em 25,1°, a madeira de 21,8° a 22,6° em comparação a telha translúcida foi a que apresentou temperatura mais elevada de 31,5° a 33,1°. Além disso, percebe-se diferenças consideráveis de temperatura no piso em áreas onde não há insolação. Mesmo sendo difícil corrigir a orientação solar inadequada, podemos introduzir estratégias que contribuam para o conforto térmico do pátio, uma solução simples que pode contribuir significativamente é manutenção da cobertura existente, posteriormente a inserção de um forro e a substituição da telha translúcida por material que auxilie na insolação, mas permita ventilação, considerando que em período de verão o ambiente torna-se quente.

 

Referências

LAMBERTS, Roberto; DUTRA, Luciano; PEREIRA, Fernando O. R.. Eficiência Energética na Arquitetura. 3. ed.: Eletrobras/procel, 2014.

SCHMID, Aloísio Leoni. A idéia de conforto:: reflexões sobre o ambiente construído. Curitiba- Pr: Pacto Ambiental, 2005. 338 p.

KOWALTOWSKI, Doris C.c.k. et al. O conforto no Ambiente Escolar Elementos para Intervenções de Melhoria in: IX ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO. Foz do Iguaçu/PR/ p. 173 resumo, 2002.

NOGUEIRA, Marta Cristina de Jesus Albuquerque; DURANTE, Luciane Cleonice; NOGUEIRA, JosÉ de Souza. CONFORTO TÉRMICO NA ESCOLA PÚBLICA EM CUIABÁ-MT: ESTUDO DE CASO. Revista Eletronica do Mestrado em Educação Ambiental, Rio Grande, v. 14, p.37-49, jan. 2005. Semestral.

Doris C. C. K. Kowaltowski, Lucila C. Labaki, Silvia A. Mikami G. Pina. CONFORTO E AMBIENTE ESCOLAR. Cadernos de Arquitetura. Bauru, DAUP/FAAC/UNESP, n. 3 jul./dez. 2001. Disponível em: http://www.dkowaltowski.net/1051.pdf. Acesso em 19 de Julho de 2017.

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Publicado

02-02-2018

Edição

Seção

Campus Erechim - Projetos de Pesquisa