MAPAS E MAQUETES NO ENSINO DE GEOGRAFIA DA POPULAÇÃO

Autores

  • Daiane Paula Dendena Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Elaine Marta Krempacki Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Vital Benito Arpini Escola Estadual de Ensino Médio Érico Veríssimo
  • Robson Olivino Paim Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim

Palavras-chave:

Ensino de Geografia

Resumo

Apesar da crescente inserção dos recursos tecnológicos para a representação gráfica e cartográfica dos fenômenos espaciais, a cartografia analógica ainda apresenta características que podem contribuir para o desenvolvimento de atividades de ensino e aprendizagem no contexto da Geografia Escolar. É o caso, por exemplo, das maquetes. A elaboração de uma maquete cartográfica permite uma representação do objeto do mundo real, considerando a proporcionalidade escalar e, por isso, facilitando abstrações para o entendimento do fenômeno em análise. Na educação básica, construir maquetes cartográficas em colaboração com os estudantes permite o desenvolvimento de atividades que, ao mesmo tempo, retomam e permitem trabalhar com conceitos e técnicas básicas da cartografia, além de possibilitar o trabalho com a representação cartográfica de diferentes fenômenos, físicos ou humanos, e sua distribuição pelo espaço geográfico. O trabalho que ora se apresenta busca socializar uma experiência metodológica com recursos geocartográficos desenvolvida com uma turma de ensino médio, no contexto das atividades do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid). A atividade tem como temática geral os estudos populacionais na Geografia e como recorte específico a análise da densidade populacional e seus condicionantes. Metodologicamente, a atividade foi estruturada a partir dos seguintes passos: 1) Ampliação do mapa da densidade populacional brasileira e trabalho com transformação de escala; 2) Transposição das linhas de densidade demográfica para placas de isopor de 10mm; 3) Recorte das linhas e colagem em sobreposição; 4) Pintura da maquete em escalas de cores de acordo com o mapa base; 5) Comparação e análise da maquete produzida com outros mapas temáticos; 6) Elaboração de textos dissertativos acerca das análises produzidas; 7) Discussão coletiva sobre as análises. Como resultado tem-se mapas e maquetes representativas dos fenômenos analisados. Avaliamos a atividade como sendo positiva, na medida em que contribui para a retomada de conhecimentos básicos da cartografia e permite colocar o estudante como co-autor na aula, nos processos de escolha dos materiais a serem utilizados, na organização dos processos e, principalmente porque atividades desta natureza contribuem para a organização do pensamento, criação de mecanismos de análise e comparação, desenvolve a capacidade de escrita e promove o debate acerca das diferentes análises possíveis a respeito do tema. 

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Publicado

21-09-2016

Edição

Seção

Campus Erechim - Projetos de Ensino