PROPAGAÇÃO VEGETATIVA DO PESSEGUEIRO COM O USO DE ESTRUTURAS SUBTERRÂNEAS DE TIRIRICA (CYPERUS ROTUNDUS L.)
Palavras-chave:
Estaquia, enraizamento, AIB, AIAResumo
A propagação do pessegueiro pelo método vegetativo da estaquia não é um método comumente empregado. No que diz respeito à capacidade de enraizamento do sistema radicular da espécie frutífera e posteriormente o desenvolvimento da muda na área de produção. Desta forma para que se consiga obter um melhor enraizamento, muitos produtores fazem uso da aplicação de fitorreguladores sintéticos que estimulem o enraizamento. Estes são conhecidos como auxinas sintéticas, que podem ser adquiridas comercialmente, mas apresenta um alto custo, tornando mais cara a produção dessas mudas pelo agricultor. Neste sentido, nos últimos anos alguns estudos vêm sendo realizados com o objetivo de encontrar métodos alternativos de menor custo, que possam ser utilizadas em nível de propriedade. Este é o caso do emprego das auxinas naturais encontradas em plantas consideradas indesejáveis em outros cultivos, mas que apresentam boa capacidade de enraizamento. Uma dessas plantas é a tiririca Cyperus rotundus L. que produz auxinas naturais como o ácido indol acético (AIA) e o ácido indol butírico (AIB). Uma vez obtido o extrato destes bulbos, as auxinas presentes poderão ser aplicadas em estacas e consequentemente reduzir os custos dos produtores na produção de suas próprias mudas de pessegueiro com a utilização das auxinas naturais. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito das diferentes concentrações do extrato aquoso de estruturas subterrâneas de tiririca (Cyperus rotundus L.) em estacas herbáceas e semilenhosas de pessegueiro das cultivares Chimarrita e Chiripá. As estacas foram coletadas em plantas-matrizes, para a obtenção do extrato foram utilizados 50 gramas de estruturas subterrâneas de tiririca para as estacas herbáceas e 100 gramas no extrato destinado às estacas semilenhosas. As estacas herbáceas e semilenhosas permaneceram imersas no extrato por 40 minutos. Em seguidas as herbáceas foram acondicionadas em substrato comercial. Já as estacas semilenhosas foram acondicionadas também em substrato comercial e areia média. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com arranjo dos tratamentos em esquema fatorial. Foram comparados os fatores concentração do extrato, com os níveis 0 %; 25 %; 50 %; 75 %; 100 %, totalizando 5 doses, o fator cultivar: com 2 Chimarrita e Chiripá, com 3 repetições. A avaliação do enraizamento ocorreu após 45 dias para as estacas herbáceas e após 80 dias para as semilenhosas. Foram avaliados os resultados das variáveis respostas: número de brotos, comprimento de brotos, número de folhas, comprimento de folhas, número de raízes, comprimento das raízes e número de calos. Para as variáveis qualitativas: tipos de estacas e variedades, os resultados foram submetidos a análise de variância e teste de comparação de médias pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade de erro. Conclui-se que o extrato de aquoso de estruturas subterrâneas de Cyperus rotundus L. não foi eficiente em promover o enraizamento de estacas herbáceas e semilenhosas de pessegueiro cultivares chimarrita e chiripa.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Submeto o trabalho apresentado como texto original à Comissão Editorial do XIII SEPE e concordo que os direitos autorais, a ele referente, se torne propriedade do Anais do XIII SEPE da UFFS.