INCIDÊNCIA DE ÓBITO DE ANIMAIS ATENDIDOS NA SUHVU DA UFFS, CAMPUS REALEZA, NOS ANOS DE 2013 À 2015.

Resumo

O conhecimento das causas de morte se faz necessário para promover medidas profiláticas e diminuir o número de óbitos. Desta forma, a fim de levantar dados estatísticos, foram analisados os prontuários dos animais que deram entrada na Superintendência Unidade Hospitalar Veterinária Universitária (SUHVU) da Universidade Federal Fronteiras Sul (UFFS), campus Realeza, entre os anos de 2013 e 2015. Pode-se identificar, através de estudo retrospectivo, as principais causas de óbito em animais da SUHVU, agrupando suas causas. Para isso, coletou-se os dados seguindo os modelos de referência de índices de mortalidade proporcional considerando aspectos como: causa da morte; idade; sexo; raça do animal e/ou espécie. A partir dos prontuários, que possuíam ficha de óbito, foram agrupados os tipos de morte (Morte Espontânea e Eutanásia). Separou-se especificando suas ocorrências e diagnósticos nos seguintes grupos: Doenças infecciosas e parasitárias; Doenças neoplasmáticas; Lesões causadas por agentes físicos; Intoxicações; Doenças imunomediadas; Causas inconclusivas; Outros distúrbios não agrupados. De posse dos dados, os mesmos foram compilados em tabelas e posteriormente organizados por meio de gráficos, a incidência das mortes com base nas causas. Os resultados evidenciaram que as principais causas de óbitos são por traumas ocasionados por agentes físicos, seguidos das neoplasias e das doenças infecciosas e parasitárias, em animais de companhia. Já para animais silvestres e de produção é de maior incidência os casos de lesões causadas por agentes físicos ou inconclusivos, uma vez que esses animais são trazidos, normalmente, por motivo de atropelamento, recuperados de contrabando ou incidentes e causas similares. Entre os anos de 2013 a 2015 foram 1618 atendimentos na SUHVU, nos quais 69 destes animais morreram (51 mortes espontâneas e 18 eutanásias). Destes animais, 41 dos animais eram de companhia (cães e gatos) e 29 animais silvestres ou de produção. Para os animais de companhia, observou-se que 24,4% eram casos de lesões traumáticas ocorridas por agente físico; assim como as neoplasias que apresentaram a mesma proporção (24,4%); As doenças parasitárias e infeciosas representaram 12,2% dos casos de óbito; as intoxicações representaram 7,3% dos casos; foi registrado 9,7% de outros distúrbios não agrupados; e 22% dos casos foram inconclusivos, pois alguns animais já chegaram em óbito na unidade e muitos dados dos animais ou do procedimento executado não constavam nas fichas de atendimento. Para os 15 animais silvestres e 14 animais de produção descritos nos prontuários, repetiu-se a proporção de ocorrências que foram de causas inconclusivas (21%); os outros 23 animais morreram devido as seguintes causas: as Lesões causadas por agentes físicos (12 animais, 41,4% dos casos); Desnutrição (3 animais, 10,5%); Doença do Edema (3 animais, 10,5%); Infecciosas e parasitárias (3 animais, 10,5%); Pneumonia (1 animal, 3,5%). Desta forma conclui-se que as incidências de atropelamento, traumas físicos e neoplasias são as doenças que mais causam mortes nos animais de companhia, seguidos das doenças parasitarias e infecciosas. Recomenda-se ainda o estudo e instrução sobre cuidados básicos a população, para desta forma, reduzir as causas. Para os animais silvestres e de produção, as estradas e acidentes dentro do ambiente manejo são os mais prevalentes.