CULTURA POP DOS ANOS DE 1980: E AS GAROTAS... QUEREM APENAS SE DIVERTIR?
Palavras-chave:
pesquisa científica, música, anos de 1980, representatividadeResumo
A presente comunicação tem como objetivo examinar a onda de libertação feminista impactada pelas canções e performances das cantoras e compositoras Cyndi Lauper e Madonna na década de 1980. A pesquisa deu-se através de análises das letras das canções, das performances em shows e atuação e representação em videoclipes dessas duas artistas norte-americanas, cotejando sua vendagem e popularização com a emergência de numa nova visão sobre condutas e paradigmas da moral da sociedade. Tendo como base os estudos de Pós-Modernidade em identidade e música, análises em tribos urbanas, contextualização histórica do movimento musical POP e noções de representação de identidade, a história cultural da música da década de 1980 demonstra o fomento a uma nova identidade e uma nova ressignificação de morais e atitudes relacionadas as representações de grandes ícones da música POP daquela geração e de caráter de assimilação e vivência política de um novo modo de estar no mundo. Direitos igualitários e quebra de tabus foram assimilados pela indústria cultural enfatizando - mesmo que de forma indireta - formas de lutas, de mobilização, de conhecimento e de liberdade sexual. Tais poderão ser analisadas em expressões como o “sentir-se como uma virgem”, de Madonna, ou na consideração sobre a possibilidade de diversão para as mulheres que inclui as metáforas de “toque e prazer”, eternizadas por Cyndi Lauper. Valendo-se de um conjunto significativo de figuras de linguagem como meio de abordar questões “impróprias” do cotidiano e desvela-las como forma de entretenimento e conexão entre as subjetividades, as canções analisadas carregam um forte conteúdo de libertação, transformando os anos de 1980 num rico momento para o investigador social.
Palavras-Chave: Representação. Anos de 1980. Indústria Musical
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