VERSUS OESTE CATARINENSE: RESPEITO ÀS POLITICAS PÚBLICAS, GÊNERO E SEXUALIDADE

Resumo

Introdução: O projeto Vivências e Estágios no Sistema Único de Saúde – VERSUS é uma estratégia para a formação e educação continuada dos recursos humanos do Sistema Único de Saúde (SUS) contando com a participação de movimentos sociais, universidades e serviços vinculados às políticas públicas.  Visa à promoção de saúde em um espaço multidisciplinar, possibilitando uma melhor orientação profissional, no sentido de aproximar universitários do campo prático do SUS e dos desafios a ele relacionados. No presente trabalho apresentamos um relato de experiência, a partir do tema “Gênero e Sexualidade”, no contexto da quinta edição do projeto VER-SUS/Oeste Catarinense, ocorrido em julho de 2016, na cidade de Chapecó-SC. A experiência leva em consideração a importância da reorientação profissional na consolidação da Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), instituída pela Portaria MS/GM nº 2.836/2011.O objetivo deste trabalho é relatar a experiência de estudantes no processo de formação de profissionais capacitados para promover saúde integral aos usuários nos mais variados âmbitos do sistema único de saúde, a partir do tema “Gênero e Sexualidade”. Método: O projeto envolveu 60 viventes, de múltiplos cursos de graduação e diversas áreas da região sul do Brasil, estes foram divididos em grupos com temas diferentes. A temática “Política, cidadania e cultura: respeito as diversidades”, foi o eixo de orientação para as vivências, realizadas nos três níveis de atenção e em setores intermediários de saúde, onde foi abordado o tema gênero e sexualidade, e suas politicas no âmbito do SUS.  As experiências eram feitas por meio de visitas, observações e discussões focados nos espaços de promoção a saúde. Resultados: Através das vivências e imersões nos serviços de saúde, foi possível conhecer como funcionam as politicas publicas voltadas à população LGBT. A partir da observação do serviço e da discussão do tema gênero e sexualidade com profissionais e usuários, percebemos que em alguns serviços os profissionais estão, de certa forma, despreparados para atender a diversidade de gênero, manifestando dificuldades na implementação da Política de Saúde LGBT em sua integralidade. Por outro lado percebeu-se que muitos destes serviços se mostraram livre de preconceitos ao assunto, sendo que nestes serviços os pacientes sentem-se acolhidos, de modo que se percebe a prática das diretrizes previstas na Política de Saúde LGBT. Destacamos que, como a politica é composta por um conjunto de diretrizes que contem recursos e estratégias para promoção de saúde, é de extrema importância a qualificação profissional para a operacionalização dos serviços de modo que garanta acesso universal e atenção integral aos usuários, independente de sua identidade de gênero, também respeitando a equidade no controle social.  Conclusão: As vivências têm importante significado na formação acadêmica de todas áreas, mostrando o contexto de cada uma no SUS, percebendo que saúde envolve redes, lazer, esporte, movimentos sociais, organização da sociedade civil e pública. Ampliando assim o conhecimento, baseado num olhar e um pensamento crítico sobre a realidade atual do SUS. A partir das experiências acima citadas, fomos instigados a pensar e obter novos modos de produzir saúde.