ACOMPANHAMENTO DE UM TRABALHO DE PARTO E PARTO: RELATO DE EXPERIÊNCIA ALIANDO A TEORIA COM A PRÁTICA
Palavras-chave:
Enfermagem, Enfermagem Obstétrica, Gestação, Parto Humanizado Hospitalar, Boas Práticas Obstétricas.Resumo
O trabalho de parto e parto constituem-se em períodos clínicos do processo de parturição e representam mais do que dar à luz a um recém-nascido, envolvendo eventos psicológicos e fisiológicos. Porém, para que a experiência de parto seja positiva e memorável para a mulher, é necessário que esta receba um grande apoio físico e emocional. O lidar com este processo costuma sofrer grande influência do ambiente que a gestante se encontra, da confiança que a mesma possui na equipe e instituição, dos procedimentos realizados, das orientações fornecidas e do respeito pelos envolvidos na assistência. Este trabalho objetiva relatar a experiência no acompanhamento de um trabalho de parto e parto ocorrido no Centro Obstétrico de um hospital da região oeste de Santa Catarina, aliando a teoria vista em sala de aula com a prática observada no decorrer do processo de parturição. Trata-se de um relato de experiência vivenciada por discentes do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul, em atividades teórico-práticas desenvolvidas em um hospital da região oeste de Santa Catarina, junto ao Componente Curricular O Cuidado no Processo de Viver Humano II, cursado no primeiro semestre de 2016. Logo após a chegada no Centro Obstétrico uma gestante em fase ativa de trabalho de parto foi visualizada. Em acordo com a equipe que prestava atendimento a mesma, acadêmicas e professora supervisora assumiram os cuidados da grávida. Ao adentrar-se na sala de pré-parto que a mesma encontrava-se internada, todas foram apresentadas para a gestante, respeitando-se os momentos que a mesma sentia fortes contrações, adotando-se postura silenciosa. A gestante encontrava-se desacompanhada e, a partir, deste contato inicial, um vínculo e uma relação de confiança começaram a ser estabelecidos. Com voz calma e calorosa, pouco a pouco acadêmicas e professora demonstravam apoio e suporte, seja visualmente, por meio de contato físico ou apenas fazendo-se presente no mesmo ambiente. No decorrer do processo a gestante oscilava seu comportamento e expressão facial, às vezes pedindo ajuda corporalmente, às vezes verbalizando. Entre segurar de mão, agachamentos realizados com a parturiente e alternância de posições como de cócoras e deitada, as contrações aumentavam e fazia-se necessário auxiliá-la a inspirar profundamente e liberar o ar lentamente. Uma forte energia foi invadindo o pré-parto, como uma paz sublime que extasiava os presentes. Mesmo percebendo-se algumas fácies de dor na gestante, observa-se que o processo estava por finalizar. Logo o marido da parturiente chegou e, como anunciando a chegada do bebê, uma menina nasceu, sem interferências, sem intercorrências, de forma respeitosa e natural. A emoção tomou conta de todos e os cuidados com a mãe e com a bebê prosseguiram naquele ambiente embriagado de ocitocina. Percebeu-se que a adoção das boas práticas obstétricas no processo de parturição fazem todo sentido quando aplicadas. Constatou-se que quanto menos se intervir em um processo que é fisiológico e natural, mais tranquilamente ocorre o seu desfecho. A experiência relatada foi fundamental para o crescimento profissional das acadêmicas, permitindo vivenciar o verdadeiro milagre da vida com grande aprendizado.Downloads
Publicado
23-09-2016
Edição
Seção
Campus Chapecó - Projetos de Ensino
Licença
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