SUPERAÇÃO DE DORMÊNCIA NAS SEMENTES DE ERVA QUENTE COM TRATAMENTO TÉRMICO

Autores

  • Gisele Elisa Cossa Universidade Federal da Fronteira Sul Chapecó
  • Tadeu Werlang Universidade Federal da Fronteira Sul Chapecó
  • Ana Caroline Pereira da Luz Universidade Federal da Fronteira Sul Chapecó
  • Vinícius Cavalli Pozzo Universidade Federal da Fronteira Sul Chapecó
  • Lucas Andrey Schwerz Universidade Federal da Fronteira Sul Chapecó
  • Sandra Petry Universidade Federal da Fronteira Sul Chapecó
  • Siumar Pedro Tironi Universidade Federal da Fronteira Sul Chapecó

Palavras-chave:

Spermacoce latifolia, IVG, poaia-do-campo,

Resumo

A Spermacoce latifolia é uma planta infestante herbácea de ciclo anual de crescimento prostrado, conhecida vulgarmente como erva quente. Essa espécie infestante é importante em culturas anuais e em áreas de reflorestamento, compete com as culturas pelos principais fatores de produção, como água, luz, e nutrientes, o que pode limitar a produção das espécies cultivadas. No entanto, pouco se conhece sobre a biologia dessa espécie, e conhecer os aspectos de germinação como a dormência das sementes é de fundamental importância para o estudo da morfologia e biologia da espécie, que é fundamental para criar estratégias de manejo da mesma. Com isso, conduziu-se um estudo com o objetivo de verificar o efeito de tratamento térmico com uso de água a 65 ºC na superação da dormência em sementes de erva-quente. Sementes de S. latifolia foram colhidas de plantas presentes na área experimental da UFFS, as mesmas foram limpas e posteriormente iniciou-se testes preliminares e constatou-se que as mesmas apresentavam dormência. Os tratamentos para a superação da dormência foram de imersão em água quente (65 ºC) por 0, 5, 10, 15, 20, 25, e 30 minutos. O delineamento experimental utilizado foi completamente casualizado, foram utilizadas 400 sementes por tratamento divididas em 4 repetições, sendo as mesmas alocadas em caixas gerbox medindo 11 x 11 cm, sobre papeis de germitest, umedecidos com água destilada na quantidade de 2,5 vezes o peso do papel. As caixas foram coladas em câmara BOD em temperatura média de 25 ºC e fotoperíodo de 12 horas luz e 12 horas escuro. Para analisar a resposta das sementes a exposição à agua quente foram avaliados a porcentagem final de germinação, a quantidade final de plântulas normais e anormais e o índice de velocidade de germinação (IVG). As sementes foram consideradas germinadas quando apresentavam desenvolvimento necessário para a plântula se desenvolver. Para a quantificação do IVG foi utilizada a seguinte formula IVG= (N1/1+N2/2+N3/3+ Nn/n) onde N1, N2, N3, e Nn são as porcentagens de sementes germinadas, sobre o primeiro, segundo, terceiro e enésimo dia após a implantação do ensaio. Para o IVG, as sementes foram consideradas germinadas com a emissão da radícula. Os dados foram submetidos a análise de variância (p≥0,05) e após comparados por regressão. Observou-se que somente as sementes não submetidas ao tratamento com água quente germinaram, obtendo maior porcentagem de germinação, plântulas normais, anormais e um IVG mais elevado do que as sementes que foram submetidas a qualquer período de tempo ao tratamento térmico com água a 65 ºC. Conclui-se que o tratamento térmico com água aquecida a 65 ºC é ineficiente para a superação da dormência de sementes da espécie S. latifolia.

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Publicado

24-11-2016

Edição

Seção

Campus Chapecó - Projetos de Pesquisa