DIÁRIOS DE BORDO: UMA PROPOSTA DE AÇÃO PARA O ENSINO
Palavras-chave:
Práticas, Reflexões, Mudanças na formação inicial.Resumo
Nesta comunicação, objetiva-se mostrar a importância de escrever sobre as vivências que ocorrem em sala de aula, pois elas podem permitir uma remodelação do vivido, gerando uma postura diferenciada em relação à organização do trabalho docente. Para tanto, será exposto o estudo de diários de bordo, nos quais buscou-se verificar se havia uma mudança da prática de graduandos ao atuarem no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) – Letras, no ensino fundamental. Os diários de bordo consistem em um conjunto de relatos acerca de práticas em sala de aula que permite analisar o modo de fazer e de pensar do sujeito que os elabora. Esse sujeito, por exemplo um graduando em formação inicial, busca refletir sobre suas práticas e acontecimentos diferenciados ocorridos durante períodos de regência, a fim de chegar a uma melhor atuação em sala e também para prever soluções para problemas que possam surgir durante seu trabalho. Para o estudo foram selecionados seis relatos de pibidianos, sendo três do pibidiano 1 e três do pibidiano 2, elaborados durante o ano de 2015, a partir das aulas e práticas desenvolvidas na Escola Estadual de Ensino Fundamental Sargento Sílvio Delmar Hollembach. Para analisar o material selecionado, foram estabelecidos dois critérios: verificar os recursos linguístico-textuais como perguntas retóricas, uso de palavras genéricas e resumidoras; identificar passagens narradas e outras comentadas, bem como os recursos que as indicavam. E, assim, durante a análise, foi possível verificar os recursos linguístico-textuais usados para indicar a presença de reflexão por parte dos licenciandos em relação ao exercício de sua profissão; também foram identificadas partes narradas e partes comentadas, em que foram expostas as ações e tecidas opiniões, hipóteses acerca do desenvolvimento da aula e de como os alunos estavam aprendendo. Considerando o exposto, pode-se supor que há mudanças na prática de graduandos que atuam no PIBID – Letras, no ensino fundamental, visto que o uso dos recursos citados e o de passagens narradas justapostas a outras comentadas denunciam situações de reflexão por parte daquele que escreve no diário. E, se há reflexão, pode-se entender que as experiências a seu modo podem ser (re)vistas criticamente.
Referências
LIBERALI, F. C. O diário como ferramenta para a reflexão crítica. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 1999. (Tese de Doutorado - LAEL)
P1. Diário de Bordo. UFFS-PIBID - CL, 2015.
P2. Diário de Bordo. UFFS-PIBID - CL, 2015.
PASSEGGI, M. da C. A experiência em formação. Educação, Porto alegre, v.34, n.2. p.147-156, maio/ago, 2011.
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