ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO NA ESCOLA: UMA NOVA PERCEPÇÃO

Resumo

Historicamente, a escola forma empregados (mão de obra) desde o século XVIII (Revoluções Burguesas). Por isso, observa-se que o sistema de organização escolar se assemelha muito com o sistema de organização empresarial. Apesar de ser o modelo mais comum de organização, não é o único. A concepção técnico-científica é hierarquizada, enfatizando mais as tarefas a serem realizadas do que as pessoas participantes. É a concepção que mais se assemelha com o modelo empresarial, em que o poder está centralizado na figura do diretor e os demais são subordinados a ele. Cada indivíduo tem sua função especifica dentro daquele sistema, sendo que a cooperação e colaboração não é comum. Na concepção auto-gestionária, o poder não está mais tão centralizado na figura do diretor, há uma maior coletividade nas tarefas realizadas e decisões e serem tomadas. Todos são participantes e (co)responsáveis pelo bom funcionamento da instituição. A concepção democrático-participativa busca objetivos comuns que devem ser assumidos por todos. Todos fazem parte das decisões, dão suas sugestões e ideias e assumem juntos as responsabilidades para execução de um bom trabalho. Em busca de compreender melhor os sistemas de organização da escola, produziu-se um diagnóstico na forma de pesquisa de campo com base na realização de entrevista com os diversos agentes da escola. Aplicou-se um questionário com cinco questões abertas para Diretor, Secretaria, Aluno, Professor e Zelador para que se pudesse entender a forma de organização mais comum dentro das escolas da região, do ponto de vista dos envolvidos no processo. Juntamente com a entrevista buscou-se compreender através do Projeto Político Pedagógico quais são os instrumentos de ação que são essenciais para cumprir com os objetivos estabelecidos. Estes compreendem o planejamento, a organização, direção/coordenação, formação continuada e avaliação. Para que o ensino-aprendizagem evolua dentro da escola é necessário que todos esses instrumentos estejam sendo exercido por todos que fazem parte do âmbito escolar. Com a realização deste trabalho de pesquisa, concluímos que a teoria e a prática encontram-se ainda muito distantes e que muito ainda precisa ser feito para uma educação coerente. Pensamos que todo esse conhecimento construído nos guiará para traçarmos novos princípios e ideais para o ensino, levando em conta as diferentes realidades encontradas na escola.