As múltiplas Linguagens de Guilherme

Autores

  • Rangéli Mussato Universidade Federal da Fronteira Sul (Erechim)
  • Cibeli Lazzari Universidade Federal da Fronteira Sul (Erechim)
  • Évelin Daniele alves Estrai Universidade Federal da Fronteira Sul (Erechim)
  • Derline Carla Dall'agnol Universidade Federal da Fronteira Sul (Erechim)

Palavras-chave:

Infâncias. Bebês. Sentidos.

Resumo

O presente resumo pretende apresentar uma atividade prática realizada por um grupo de acadêmicas do curso de Pedagogia da Universidade Federal da Fronteira Sul- Campus de Erechim, com crianças da faixa etária de 1 (um) ano e dez meses de idade. Essa prática escolar teve como objetivo a ampliação de repertório e protagonismo de uma turma de berçário II, na qual ações de experimentação e apropriação de um cenário foram elaboradas e propostas pelas acadêmicas. A realização dessa prática aconteceu em uma escola de Educação Infantil, situada no município de Getúlio Vargas/RS. A atividade consistiu em uma narrativa em formato de mini-história produzida através da construção escrita e de um vídeo intitulada “As múltiplas descobertas de Guilherme”. Como protagonista dessa proposta, deu-se a escolha pelo Guilherme, em meio as 11 (onze) crianças do berçário, pela iniciativa de apropriar-se do ambiente, assim como a exploração dos materiais de modo autônomo na diversidade do contexto. Teve-se como referência Paulo Fochi, autor que em suas dissertações retrata narrativas do processo de apropriação da criança em determinadas propostas, podendo assim visibilizar a mini-história de modo a compreender o roteiro documentado. A situação de aprendizagem oportunizou a turma de berçário explorar diferentes materiais, dispostos na própria sala de aula, como um espaço intencional e a partir disso criou-se um ambiente de estímulos que fomentou as múltiplas descobertas, aguçou os sentidos, desvendou olhares e de modo espontâneo a investigação do Guilherme acerca do universo de possibilidades a seu alcance. A escolha criteriosa dos materiais e do planejamento do espaço, métodos e processos de aplicabilidade da prática conduzem diretamente uma situação condizente à prática com bebês. Nesta condição foram usados materiais tais como caixas de papelão, papéis picados, luvas sensoriais, utensílios de madeira, materiais sonoros, novelos de lã coloridos e retroprojetor. Entendemos que a educação infantil deve ser uma fase de descobertas e experimentações que proporcionem às crianças diversas possibilidades de interações, com vastas percepções do brincar. Guilherme nos provou isso a partir do seu lugar de criança.  Ao considerar as ações propostas, percebemos diversas interações do Guilherme com o espaço, o tempo e sua própria cultura infantil. Demonstrou espontaneidade nas descobertas, relevância na criatividade e autonomia de criação. Viver as infâncias é dinamizar o tempo em brincadeiras e situações de aprendizagens que implicam no protagonismo infantil, na criatividade e na amplitude de repertórios, nos quais os bebês, e apenas eles, possam desvendar nas vivências a fruição de ser criança.

Palavras-chave: Infâncias. Bebês. Sentidos.

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Publicado

29-11-2016

Edição

Seção

Campus Erechim - Projetos de Ensino