EFICIÊNCIA DE DIFERENTES PROGRAMAS E NÚMERO DE APLICAÇÕES DE FUNGICIDAS NA CULTURA DO TRIGO
Palavras-chave:
Triticum aestivum, controle químico, severidade, rendimento.Resumo
A cultura do trigo (Triticum aestivum) é afetada por vários fitopatógenos, dentre os quais se destacam aqueles responsáveis por causarem manchas foliares (Pyrenophora tritici-repentis e Cochliobolus sativus), ferrugem (Puccinia triticina) e giberela (Giberella zeae). A medida mais eficiente e mais utilizada pelos triticultores para o controle dessas doenças tem sido o uso de fungicidas. Diante disso, foi objetivo do presente trabalho avaliar a eficiência de diferentes programas, a base da mistura dos fungicidas triazol + estrubirulina e de mancozebe, associados ou não, e em diferentes números de aplicações, no controle de manchas foliares e sobre variáveis de rendimento em trigo. Os ensaios foram realizados na área experimental da Universidade Federal Fronteira Sul – Campus Cerro Largo no ano de 2015. Sementes da cultivar TBIO Sinuelo, foram semeadas com uma semeadora de fluxo contínuo, espaçamento entre linhas de 17 cm e densidade final de 330 sementes/m². Para a adubação de base utilizou-se 20 Kg de N, 74 Kg de P2O5 e 36 Kg de K2O, por hectare. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso (DBC), constituído por 7 tratamentos e 4 repetições, tendo cada parcela 14 linhas de 5 metros. Como área útil foram utilizadas as 10 linhas centrais, descartando-se 0,5 metros de cada extremidade da parcela. Os tratamentos utilizados foram: T1- sem aplicação de fungicida; T2- duas aplicações de Triazol + Estrubirulina; T3- três aplicações de Triazol + Estrubirulina; T4- três aplicações de Mancozebe; T5- quatro aplicações de Mancozebe; T6- duas aplicações de Triazol + Estrubirulina sendo a segunda com Mancozebe; T7- três aplicações de Triazol + Estrubirulina sendo a segunda e a terceira com Mancozebe. A primeira aplicação ocorreu 48 dias após a semeadura e após, a intervalos de 20 dias. A avaliação da severidade de ferrugem iniciou imediatamente antes da primeira aplicação do fungicida e, posteriormente, em intervalos de 5 dias, até o final do ciclo, para cálculo da área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD). Quando as plantas atingiram a maturação para a colheita, todas as espigas da área útil de cada parcela foram cortadas, sendo escolhidas, aleatoriamente, 10 plantas para avaliação do número de grãos por espiga (NGE) e do peso de grãos por espiga (PGE). As espigas foram trilhadas para obtenção do peso de mil grãos (PMG), da produtividade (PR) e do peso do hectolitro (PH). Como resultados observou-se que o tratamento com maior AACPD foi aquele que não recebeu aplicação de fungicida (T1), sendo que os tratamentos que receberam aplicação de Triazol + Estrubirulina (T2, T3, T6 e T7) foram os melhores e não diferiram entre si. Quando foi avaliado o efeito dos diferentes tratamentos sobre o NGE, o PGE e o PH, não foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos. Na avaliação do PMG, o melhor tratamento foi o T2, diferindo significativamente apenas do T1 (que não recebeu fungicida). Na variável produtividade, os tratamentos T3 e T7 foram os que alcançaram as maiores médias, não diferindo significativamente do T2, T5 e T6, sendo que todos os tratamentos diferiram do T1.
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