PROGRAMA ENFERMA-RIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Palavras-chave:
Ludicidade, Palhaçaria, PediatriaResumo
O processo de desenvolvimento de uma criança é rodeado pelo cotidiano do brincar e criar diversas atividades com o poder da imaginação, sendo elas com o intuito de explanar atividades do seu cotidiano. Assim, as brincadeiras são ações desenvolvidas pela criança que permitem a compreensão e a organização de suas próprias vivências e experiências, independente do ambiente em que está inserida. Pensando nesse processo de brincar, o Programa Enferma-Ria foi elaborado na perspectiva de utilizar o palhaço voltado para o público infantil extra mediador de vínculo, possibilitando desenvolver ações conjuntas, tanto na promoção quanto na prevenção de saúde, de uma forma lúdica. O objetivo desse trabalho é relatar as ações desenvolvidas pelo Programa de Extensão Enferma-Ria: a palhaçaria como ferramenta na promoção da saúde da criança. Trata-se de um relato de experiência de um Programa Extensionista de demanda espontânea que abarca dois projetos de extensão e um de cultura, os quais são denominados: Enferma-Ria: promovendo a saúde da criança hospitalizada, Enferma-Ria: promovendo a saúde da criança na escola e (En)cena: Enferma-Ria. Todos encontram-se vinculados à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó (UFFS/SC). As ações do primeiro projeto citado são desenvolvidas pelos educandos da UFFS/SC no Hospital da Criança Augusta Muller Bohner. O projeto Enferma-Ria: promovendo a saúde da criança na escola tem suas atividades na rede pública do município de Chapecó/SC. Já o (En)cena, desenvolve atividades na UFFS/SC e em eventos de saúde, além de possuir a finalidade de auxiliar na criação de peças, jogos lúdicos e apresentações para a promoção de saúde por meio de apresentações artísticas culturais. Até o momento, foram realizadas aberturas de três eventos de saúde; uma peça teatral e quatro ações em saúde em empresas. Desde outubro de 2015 foi realizada uma média de 50 intervenções lúdicas na área hospitalar. As atividades neste espaço são desenvolvidas após o estudo dos prontuários, possibilitando o aprofundamento dos caso e uma ação mais efetiva para cada especificidade da criança e família. Já as intervenções nas escolas possuem mais uma lógica de promoção de saúde, pois é na fase escolar que as crianças desenvolvem as principais aptidões e hábitos, sendo passíveis de entendimento e envolvimento com as atividades propostas, atingindo assim, não só a criança, mas todo o seu núcleo familiar. Dessa forma, o palhaço propicia possibilidades inusitadas, estimulando a criatividade, a reflexão e a motricidade de forma a auxiliar na promoção da saúde desde a infância. Além dos resultados obtidos em longo prazo mediante as intervenções com as crianças e seus familiares, o processo de ensino-aprendizagem não modifica o cotidiano somente do público assistido, pois a percepção acadêmica, em função das atividades desenvolvidas, se concretiza como um dos principais ganhos ao desenvolver o lado humanístico e cognitivo e não somente o tecnicista.
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Submeto o trabalho apresentado como texto original à Comissão Editorial do XIII SEPE e concordo que os direitos autorais, a ele referente, se torne propriedade do Anais do XIII SEPE da UFFS.