INTEGRALIDADE NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER: UMA VIVÊNCIA NA REGIÃO DA GRANDE FLORIANÓPOLIS
Palavras-chave:
Saúde da Mulher, Sistema Único de Saúde, Assistência Integral.Resumo
A saúde da mulher, com suas complexidades, representa um desafio e uma prioridade para a rede de atenção à saúde. Portanto é trabalhoso e complexo atendê-la compreendendo o conceito ampliado de saúde. O Sistema Único de Saúde (SUS) frequentemente percebe a mulher de forma tradicional e focaliza os aspectos reprodutivos, não acolhendo mulheres lésbicas, transexuais, prostitutas, carcerárias, mulheres em situação de violência ou com vulnerabilidade socioeconômica naquelas particularidades que ultrapassam a reprodução e o controle da sexualidade. Mesmo existindo políticas voltadas para este público, não se percebe grande efetividade na aplicabilidade das ações de saúde. Desta forma, este trabalho tem por objetivo relatar a experiência vivenciada no projeto de extensão Vivências e Estágios na Realidade do SUS (VER-SUS) na cidade de Florianópolis – SC, onde foram realizadas visitas a instituições e serviços, bem como oportunizados momentos crítico-reflexivos sobre a integralidade do bem estar físico, mental e social da mulher. O VER-SUS Florianópolis consistiu na imersão dos participantes no período de 27 de julho a 4 de agosto de 2016, compreendendo a inserção nos serviços públicos, coletivos, entidades não governamentais, rodas de conversa e trocas de experiência entre os participantes sobre a temática. A vivência permitiu o contato com diversas realidades não contempladas no meio acadêmico, desconstruindo conceitos e permitindo a reflexão sobre a atenção à saúde da mulher privilegiada no atual modelo assistencial. Também foi possível compreender a relação direta entre os agravos e doenças de maior frequência nestes grupos e a distância que os mesmos mantêm dos serviços de saúde, visto que estas mulheres não se sentem incluídas na visão feminina conservadora que a sociedade possui e muitas vezes são recepcionadas de forma preconceituosa e não acolhedora nos serviços. A experiência possibilitou um olhar diferenciado sobre a integralidade da assistência a esse público, desenvolvendo uma formação profissional de enfermagem e social/cidadã diferenciada, preenchendo lacunas existentes na graduação e auxiliando na percepção da mulher em sua totalidade.
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